Henrique Santiago   |   30/01/2017 10:30

EUA: Justiça barra parte de ordem de restrição a imigrantes

Decisão da Justiça se limita à liberação dos passageiros impedidos de entrar nos Estados Unidos


Facebook/Donald J. Trump
O presidente Trump assumiu há menos de duas semanas
O presidente Trump assumiu há menos de duas semanas

A Justiça dos Estados Unidos determinou, na noite de sábado (28), a permanência nos país de refugiados e imigrantes de sete países muçulmanos que seriam deportados. O motivo era a ordem executiva do presidente Donald Trump que barrava a entrada de cidadãos de Iêmen, Irã, Iraque, Líbia, Síria, Somália e Sudão.

No dia do anúncio de Trump, na sexta-feira (27), entre 100 e 200 pessoas no perfil atingido pela medida do presidente voavam para os Estados Unidos ou se encontravam em solo estadunidense. Elas foram detidas e aguardavam ser deportadas, apesar de terem visto para entrar no país, como o Green Card, o qual permite o ingresso para trabalhar legalmente.

A suspensão foi decidida pela juíza Ann Donnelly, da corte distrital de Brooklyn (Nova York) e vai contra o veto aplicado por Trump à entrada de imigrantes e refugiados, principalmente de países com população de maioria muçulmana.

No entanto, a decisão da corte se limita a autorizar que as pessoas atualmente detidas em aeroportos sejam liberadas. Instâncias superiores da Justiça americana ainda vão examinar queixas de advogados e instituições de direitos humanos contra o mérito da ordem executiva do presidente norte-americano.

Em resposta ao protesto, uma multidão se formou no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, para dar apoio aos refugiados e imigrantes. Os manifestantes levaram cartazes e expressaram palavras contra o presidente-magnata à tarde e à noite.

AÉREAS RESPONDEM
Com o decreto de Trump, companhias aéreas de todo o mundo se negaram a embarcar passageiros muçulmanos. De acordo com a AFP, a Air France deixou de transportar 15 viajantes que viajariam para os Estados Unidos.

Segundo um porta-voz da empresa, os clientes rejeitados são dos sete países apontados por Trump na decisão. “Nós cuidamos deles, ninguém ficou bloqueado em Paris. Fizemos o necessário para que voltassem ao ponto de origem”, disse.

A KLM, integrante da aliança com a aérea francesa, devolveu dois passageiros do Oriente Médio que faziam conexão entre Holanda e Estados Unidos, informou a agência Efe.

Já no Egito – país que ficou de fora da “lista negra” de Trump, as transportadoras foram solicitadas a prevenir a entrada dos cidadãos dos sete países na imigração norte-americana. Segundo a Reuters, os detentores do Green Card embarcariam como titulares de passaportes diplomáticos ou oficiais de governo.


*Fonte: Agência Brasil

conteúdo original: http://bit.ly/2k5EIk4

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