Carnaval 2017: veja quanto o feriado injetou na economia

Se tratando do Turismo nacional, o carnaval é uma das datas mais importantes para a economia. A festa, além de gerar empregos, atrai diversos visitantes, tanto os que preferem as superproduções dos desfiles das escolas de samba, quanto os que estão dispostos a curtir uma festa mais democrática, como os bloquinhos de rua. Em Salvador, um dos destinos mais procurados para celebrar a festança, a ocupação hoteleira chegou a 95% no período, gerando 200 mil empregos temporários. A estimativa do Setur da Bahia é de que aproximadamente 600 mil turistas tenham passado pela capital baiana, um aumento de 9% em relação a 2016. Destes, 10% são estrangeiros. Em todo o Estado, foram registrados cerca de dois milhões de visitantes, que injetaram R$1,5 bilhão na economia.

Em grande parte dos destinos nordestinos, os índices de ocupação hoteleira chegaram a 90% durante o período. Em Sergipe, 90% dos 31 mil leitos ficaram ocupados durante a festividade, mesmo percentual registrado em Alagoas. A Paraíba recebeu 200 mil turistas e teve ocupação de cerca de 95%.

O Ceará recebeu aproximadamente 112 mil turistas, o que gerou cerca de R$140 milhões de receita para o Estado. No geral, a cadeia produtiva do Turismo cearense recebeu R$230 milhões, um aumento de 10% ante 2016. A ocupação da rede hoteleira fechou em 84% durante o período.

No Rio Grande do Norte, a taxa de ocupação hoteleira foi de 89%. Em Recife, que deve fechar o balanço na próxima semana, a expectativa de ocupação foi de 95%, com R$1,2 bilhão injetados na economia. Em São Luís, os cinco dias de festividade geraram mais de 1,4 mil empregos informais. Deste total, 950 atuaram nos circuitos oficiais da folia.

“Os números positivos demonstram como o carnaval é um importante indutor do turismo nacional, gerando empregos e renda. Nossa expectativa é crescer ainda mais e, para isso, estamos investindo fortemente na qualificação profissional e infraestrutura turística”, afirmou o ministro do Turismo, Marx Beltrão.

CENTRO-OESTE E SUDESTE
Um levantamento da São Paulo Turismo (SPTuris) revelou que os gastos das pessoas que celebraram o carnaval na metrópole cresceu 55%, em comparação com o ano anterior. O gasto médio subiu de R$ 617 para R$ 957 em três dias de folia. Houve também crescimento de 167,5% no número de turistas no Sambódromo e de 203% no blocos de rua. Neste ano, São Paulo registrou saltou de 7,7% para 20,6% em participação de turistas na maior festa do País.

Belo Horizonte, que comemora o maior carnaval de sua história, bateu a marca de 500 mil turistas , e obteve 59% de ocupação em seus hotéis, o que registrou um aumento de 19% se comparado a 2016.


Já no Rio, o balanço ainda está sendo feito, porém é estimado que 1,1 milhão de turistas brasileiros e estrangeiros tenham se hospedado na cidade, gerando uma movimentação de cerca de R$3 bilhões.

Em Brasília, dados apontam 1,5 milhão de foliões nas ruas, uma alta de 58% ante 2016, gerando R$500 milhões para a cidade. Goiás registrou R$ 425 milhões no período, sendo 15,6% oriundos de turistas. Em Cuiabá, a estimativa é de que 150 mil pessoas tenham curtido os cinco dias de festa na cidade. "Além de ser uma cultura importante do Brasil, o carnaval movimenta milhões na economia das cidades", avaliou o secretário de Cultura, Esporte e Turismo de Cuiabá, Júnior Leite.

Em Roraima, no Norte do País, nos balneários de Tepequém e Caracaraí, polos turísticos do Estado, o fluxo de turistas no carnaval subiu de 17,5 mil, em 2016, para 35,5 mil pessoas este ano. O aumento expressivo resultou em 100% de ocupação das pousadas e hotéis da região.