Raphael Silva   |   23/10/2017 19:26

Poder e respaldo: Macri avança às reformas na Argentina

Com vitória nas eleições legislativas, coligação Cambiemos conquista maioria na Câmara dos Deputados e aumenta representatividade no Senado

Divulgação/ Governo da Cidade de Buenos Aires
Presidente Mauricio Macri conquista poder na Cãmara e Senado, e abre caminho para mudanças em diversos setores na Argentina
Presidente Mauricio Macri conquista poder na Cãmara e Senado, e abre caminho para mudanças em diversos setores na Argentina
Há dois anos, Mauricio Macri se tornava presidente da Argentina e dava fim a um período de 12 anos de kirchnerismo, com Néstor e Cristina Kirschner no poder. Já no início desta semana, o atual mandatário conquistou uma das mais importantes vitórias de seu mandato ao ver sua coligação, a Cambiemos, vencer as eleições legislativas em 13 das 23 províncias do país, fato que o aproxima das grandes reformas prometidas ainda no processo eleitoral.

Com 40% dos votos destinados à Cambiemos, o governo passa a ter maioria na Câmara dos Deputados, enquanto o Senado contará com sete cadeiras ocupadas por representantes da coligação. De acordo com um dos principais jornais argentinos, o La Nacion, a vitória fortalece o poder de Macri, o que facilitará as aprovações dos projetos previstos no 'grande plano' do presidente. Ele agora se prepara para reunir governadores, senadores, deputados e sindicatos para apresentar oficialmente o grande projeto já na próxima semana.

Entre os planos de Macri estão reformas nas áreas da economia, política, justiça e cultura do país. O presidente já revelou que a ideia é implantar medidas a longo prazo para mudar a Argentina ao longo dos próximos 20 anos, com projetos que vão desde o impulsionamento da industrialização à liberalização da economia, limitando a interferência do poder estatal.

O sucesso do atual mandatário e ex-prefeito de Buenos Aires eleva a confiança dos argentinos e já repercute internacionalmente. A agência de riscos Moody registrou, nesta segunda-feira (23), o nível mais baixo dos últimos dez anos na Argentina.

"Prevemos que uma maior presença no Congresso Nacional dará o capital político necessário ao governo para manter as políticas que respaldaram uma contínua estabilidade econômica e dar sequência às reformas", analisou Gabriel Torres, analista da agência em Buenos Aires, ao portal Clarín Economía.

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