Karina Cedeño   |   16/11/2017 23:35

Curso da Imaginadora debate relação máquinas x agentes

O curso Fullturismo também será realizado no próximo dia 30


JGCA
Ligia Zotini (Voicers e Aaxis), Jeni Shih (IBM), Ahirton Lopes (Data & AI), Sergio Gama (IBM) e Marcello Batistella (Nama)
Ligia Zotini (Voicers e Aaxis), Jeni Shih (IBM), Ahirton Lopes (Data & AI), Sergio Gama (IBM) e Marcello Batistella (Nama)


A previsão é de que em 2029 a inteligência das máquinas tenha superado a dos humanos, mas isso não quer necessariamente dizer que seremos substituídos pela tecnologia.

O tema foi debatido durante o curso Fullturismo, promovido hoje pela Imaginadora em São Paulo. Trazendo profissionais da IBM e de startups voltadas à tecnologia, o curso mostrou aos participantes de que forma o Turismo pode se beneficiar de novas soluções como a inteligência artificial e a realidade virtual.

"Uma das primeiras indústrias que vão se beneficiar é o Turismo, considerando que tecnologias como o Watson, da IBM, executarão para os agentes de viagens as tarefas mais mecânicas, deixando que eles se dediquem às funções que exijam sua expertise e criatividade", conta a fundadora da Voicers e diretora de Digital Transformations da Aaxis, Ligia Zotini.

Por conta disso, os agentes não devem se sentir ameaçados pelas máquinas, segundo a líder de Business Transformation & Operations Cognitive Solutions da IBM para a América Latina, Jeni Shih. "Há destinos sobre os quais muitas pessoas nunca ouviram falar e é aí que entra a expertise do agente, que disponibilizará toda a sua experiência para ajudar o viajante. O segredo é utilizar essa expertise de forma colaborativa com a tecnologia, provendo serviços diferentes. As máquinas utilizarão dados, mas a curadoria deles precisa ser feita junto a experts da área", ressalta Jeni.

Dentre as tendências do mercado, os chatbots ganham cada vez mais espaço no Turismo. "Estudos mostram que as pessoas preferem interagir com as marcas por meio de chats, e os chatbots têm feito bem esse papel, realizando o atendimento automático e otimizando processos e custos", conta o gerente de Contas da startup Nama, Marcello Batistella.

Para abraçar essas tecnologias, entretanto, o Brasil precisa estar preparado, e não apenas a nível de infraestrutura. "É fato que ainda falta infraestrutura para implementar essas soluções no País, mas o problema maior é cultural. As empresas precisam perceber que antes de tudo é necessária uma mudança de conceito, que seja favorável à inovação", salienta Ligia.

Após ser realizado nos dias 9 e 16 deste mês, o curso Fullturismo também será ministrado no próximo dia 30.

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