Rafael Faustino   |   10/11/2016 12:24

Latam não vai virar low cost, garante Claudia Sender

Companhia promete manter seu padrão de atendimento ao público corporativo

Emerson Souza
Claudia Sender, CEO da Latam Airlines Brasil
Claudia Sender, CEO da Latam Airlines Brasil

Apesar de adotar, nos voos domésticos, um novo modelo de segmentação de suas passagens aéreas semelhante ao das companhias low costs, a Latam Airlines garante que não irá se posicionar como uma. Principalmente para atender o seu público corporativo, que garante boa parte das receitas da companhia.

No modelo que será implementado a partir de 2017, a Latam terá tarifas básicas e, na medida em que o passageiro queira serviços adicionais, como marcação de assento e alimentação, ele pagará à parte por isso. “Continuaremos servindo da mesma maneira quem quer e precisa da experiência completa, com embarque preferencial, espaço extra, etc., em especial o público corporativo. Mas vamos dar uma oferta mais acessível a quem não precisa de tudo isso”, explicou, nesta manhã, a CEO da Latam Airlines Brasil, Claudia Sender.

Segundo ela, há uma diferença entre o que a Latam propõe em relação às low costs tradicionais. “Usaremos esse modelo para trabalhar também nosso programa fidelidade, que é algo que muitas low costs não possuem. No Brasil, a tarifa básica já é barata em relação a outros locais, e o que queremos é trabalhar não só o valor da passagem, mas tudo em torno dela.” Além disso, a mudança nas tarifas restringe-se aos voos domésticos, não valendo, ao menos por enquanto, para as passagens internacionais.

A CEO lembrou que a Latam atualmente é líder no ranking de vendas da Abracorp, e pretende se manter no posto. “Vamos fechar o ano com 90% de pontualidade em até 15 minutos, e sabemos que isso é fundamental para o cliente corporativo. Ele pode abrir mão de determinada refeição, mas não de chegar no horário em sua reunião”, exemplificou.

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