Beatrice Teizen   |   21/05/2021 12:52   |   Atualizada em 21/05/2021 15:48

Como usar a aviação executiva? Masterclass da TP Corporate explicou

Setor e suas características foram debatidos durante a primeira masterclass da TP Corporate by LTN

A TP Corporate by LTN realizou hoje (21) a primeira masterclass de uma série de webinars e aulas especiais programados para fomentar o debate sobre mobilidade corporativa. O tema foi aviação executiva (jatos privados e voos em aviões de pequeno porte) e tudo que envolve este setor, que, apesar da pandemia e da praticamente paralisação da aviação comercial, cresceu em relação aos níveis de 2019.

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Cibeli Marques e Tomas Perez, da TP Corporate by LTN, conduziram a masterclass sobre aviação executiva
Cibeli Marques e Tomas Perez, da TP Corporate by LTN, conduziram a masterclass sobre aviação executiva
“O setor da aviação foi fortemente impactado, com a linha aérea tendo uma redução de 93% da malha. No caso da business aviation, essa diminuição foi de 40% a 50% no início da crise sanitária, mas retornou razoavelmente rápido. A partir de setembro do ano passado já estávamos voando no mesmo nível de antes da pandemia e, hoje, temos um crescimento de 5% a 6%”, explica o consultor técnico da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Raul Marinho.

Com importantes alterações regulatórias feitas na indústria a partir do segundo semestre de 2020, como a autorização da venda de assentos individuais pela Anac e a regulamentação da aquisição compartilhada de aeronaves – que já acontecia de forma não regulada –, vê-se o mercado com otimismo. Segundo Marinho, o setor já retomou e a expectativa é ainda mais positiva. Vale mencionar que o Brasil possui a segunda maior frota de aviões executivos no mundo, com 2 mil aeronaves, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, com São Paulo tendo a maior frota de helicópteros do globo.

MODELOS DE OPERAÇÃO E VANTAGENS
A aviação privada oferece alguns tipos de modelos de operação que se encaixam em cada necessidade do cliente corporativo. Seja por meio de um fretamento de aeronave, utilização de táxi aéreo ou da compra de empty leg em um voo, este tipo de serviço traz mais agilidade e facilidade para quem precisa economizar tempo.

“A aviação executiva é sobre tempo, chegar de maneira mais rápida, e sobre a capacidade de alcançar lugares que não estão disponíveis na aviação comercial, como é o caso de Angra dos Reis. Também é sobre privacidade, qualidade do serviço, exclusividade, mais segurança em relação à covid-19, já que são menos pontos de contato... Além da possibilidade de fazer networking e até mesmo fechar negócios com os outros passageiros durante um voo”, conta o CEO da Flapper, Paul Malicki.

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Raul Marinho (Abag), Paul Malicki (Flapper), Francisco Lyra (GATGRU) e Rogerio Andrade (Avantto) participaram da masterclass<br>
Raul Marinho (Abag), Paul Malicki (Flapper), Francisco Lyra (GATGRU) e Rogerio Andrade (Avantto) participaram da masterclass
Pensando nessa exclusividade e praticidade, o GATGRU, por exemplo, foi criado com o intuito de ser um espaço voltado para os clientes da aviação privada. Nele, o viajante consegue cumprir todas as exigências aduaneiras e imigratórias e, agora, também todas as de vigilância sanitária. É um micro terminal dentro do Aeroporto de Guarulhos, com o propósito de atender esse grupo em específico.

“Quem viaja em um jato executivo está privilegiando a questão do tempo. Não é barato, mas para quem coloca um valor muito elevado na sua hora, isso passa a fazer sentido. Investidores internacionais, por exemplo, são pessoas que prezam muito o valor do seu tempo e procuram soluções que reduzam ao máximo a transição entre o jato executivo e helicóptero ou jato e automóvel. É para pessoas que têm essa preocupação de não desperdiçar tempo de forma nenhuma”, diz o CEO do GATGRU, Francisco Lyra.

ESCOLHA DA AERONAVE
Ao escolher a aeronave mais adequada para o cliente corporativo, alguns fatores devem ser levados em conta: a distância a ser percorrida, a quantidade de passageiros que serão transportados e a estrutura do local onde será realizado o pouso.

“O helicóptero, por exemplo, é ideal para distâncias de até uma hora e meia do ponto de partida, um raio de mais ou menos 350 quilômetros, como São Paulo-Rio ou São Paulo-Curitiba. Além de dar mais flexibilidade, pois é mais simples para pousar. Para um avião é preciso ter um aeroporto, uma pista com mais de dez mil metros de comprimento e toda a estrutura de terminal. Já o turbo-hélice é recomendado para operações onde não há pista asfaltada, tipo fazendas, ou localidades onde o comprimento da pista é muito curto. Mas se as condições de pouso no destino são as ideiais, recomendamos a utilização do jato, pois a velocidade é muito maior”, finaliza o CEO da Avantto, Rogerio Andrade.

A TP Corporate by LTN preparou um e-book sobre aviação executiva, que conta com a história do setor, traz curiosidades, analisa a indústria no mundo e no Brasil, apresenta as principais aeronaves e lista os dez benefícios e vantagens de se adotar este tipo de transporte. O material pode ser acessado neste link.

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