Victor Fernandes   |   17/11/2023 10:01
Atualizada em 17/11/2023 10:10

Alagev debate NDC em viagens corporativas durante fórum

Evento apresentou desafios, políticas, estratégias e tendências de agregadores, GDS, TMCs e Travel Tech


Divulgação
“Fórum: NDC em viagens corporativas” contou com mais de 100 pessoas on-line e 40 presenciais
“Fórum: NDC em viagens corporativas” contou com mais de 100 pessoas on-line e 40 presenciais

No final de outubro, a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) realizou o “Fórum: NDC em viagens corporativas”, que contou com mais de 100 pessoas on-line e 40 presenciais.

O encontro debateu tarifas, políticas, estratégias, tendências e desafios do New Distribution Capability (NDC) para trazer uma melhor experiência aos usuários por meio do ponto de vista de agregadores, Global Distribution System (GDS), Travel Management Company (TMCs) e Travel Tech, além da visão da International Air Transport Association (Iata). O objetivo do evento foi educar o mercado, apresentando benefícios, mudanças, integrações e o status dos diferentes players na cadeia do NDC em viagens corporativas. Além disso, a ação auxiliou os gestores de viagens com o uso dessa tecnologia no mercado, para entender os novos perfis de consumidores.

Para esclarecer uma série de questões e apontar oportunidades, foi realizado o painel “O que é o NDC?”, ministrado por Karina Medeiros, gerente de transformação e produtos da Iata para as Américas e responsável pelo NDC na região. Ela ressaltou que as expectativas do cliente estão evoluindo constantemente e que a experiência começa na pré-viagem e pagamentos.

“A evolução é necessária. Usamos o padrão dessa tecnologia para fazer a ponte entre agente e companhia aérea. Melhorar a experiência para que a indústria foque no cliente. A iniciativa cria valor e casos de uso, promove a personalização, além de auxiliar nos processos, ofertas mais relevantes, inovação, modernização, automatização, facilidade em servicing, mais controle e visibilidade”, comentou Karina.

Na apresentação, a Iata também mostrou que a modernização poderá ser composta pelo desenvolvimento de novos padrões de distribuição, mas com fóruns de implementadores, discussões focadas em viagem corporativa e publicações de documentos de apoio disponibilizados para o corporativo.

A palavra de destaque do evento foi adequação e adaptação, ao lado de uma melhor experiência para todos os públicos. O primeiro painel foi com os "Agregadores e GDS", ministrado por Ciro Nola (Envision Tech), Jackson Andrade (Wooba), Ivana Silva (Amadeus), Karina Fioranelli (Sabre), moderado por Luana Spinola (Itaú). Durante a conversa foi debatido alguns desafios desta tecnologia, pois cada empresa tem sua implementação, canal, APIs e portal de agência e agregadores. Destacaram também as diferenças do Brasil diante de outros países, principalmente, nas questões de parcelamentos, além de ações que não estão previstas nas reservas.

O segundo painel foi com OBT, ministrado por Marcel Frigeira (IBM), Daniel Camillo (SAP Concur), Juliana Costa (Lemontech) e Rafael Lafloufa (Argo Solutions). Juliana apontou os desafios dessa transformação. “Dependemos da evolução dos parceiros. O momento é de adaptação, pensando em questões de investimento, mas com alguns obstáculos como, por exemplo, trazer tudo do on-line para o mobile. Mas, vale lembrar que devemos sempre ponderar a experiência do cliente. E destaco ainda que precisamos focar no futuro e entender onde queremos chegar”, refletiu.

Para encerrar o evento, a Alagev trouxe o panorama das “TMCs e Travel Techs”, com foco em quem entrega os produtos para os consumidores finais, aqueles na ponta da cadeia turística. O painel foi conduzido por Camila Souza (TAP), João Fornari (Copastur), Luiz Moura (Voll) e Manuela Bernardes (Befly).

“O NDC ainda precisa de uma cronologia de implementação. Estamos deixando os clientes muito ansiosos, o que gera uma expectativa alta. Essa é a entrega de uma nova tecnologia para um público também novo. Estou preocupada, pois precisamos que o mercado esteja unido para que essa mudança, comunicação e distribuição seja feita de forma tangível. Foi difícil sair de um simples bilhete de papel para o digital, imagine toda uma transformação tecnológica, por isso, a importância da integração do setor”, apontou Manuela.

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