Beatrice Teizen   |   26/05/2022 14:42

Hotelaria corporativa se adapta para o novo perfil do viajante

Hotéis precisaram realizar mudanças para atender às demandas do hóspede após a pandemia

PANROTAS / Emerson Souza
Gabriela Alves, do Intercontinental São Paulo, Julia Brito, da Cargill (que participou remotamente), Tricia Neves, da Mapie, mediadora do painel, e Ilka Padula, do Wyndham
Gabriela Alves, do Intercontinental São Paulo, Julia Brito, da Cargill (que participou remotamente), Tricia Neves, da Mapie, mediadora do painel, e Ilka Padula, do Wyndham
O segundo painel realizado durante a Reunião Global com as comunidades da Alagev, que aconteceu nesta quinta-feira (26) no Tivoli Mofarrej São Paulo, falou sobre como a hotelaria corporativa se adaptou durante estes dois anos de pandemia de covid-19 e as principais transformações no setor. Tecnologia, dados e conhecimento se mostraram fatores primordiais para um bom relacionamento com gestores de viagens e, também, viajantes.

“Por meio dos dados conseguimos saber tudo de um cliente. Quando ele viaja, que marcas ele usa, qual seu perfil de estada, quantos dias fica, o que ele prefere... e usamos muito isso a nosso favor porque estamos em uma indústria feita de pessoas. Então, essas informações nos são uteis em termos de conhecimento sobre o hóspede e em como podemos agregar valor, entregar experiências e nos diferenciar na proposta de valor”, conta a diretora de Vendas e Marketing do Intercontinental São Paulo, Gabriela Alves.

Juntamente com dados, pelo lado do gestor de viagens, o hotel precisa também conhecer bem seu cliente. Saber sua área de atuação, seu ciclo de RFP, suas necessidades e principais características.

“É importante conhecer o cliente, planejar o que será dito, como vai abordar, para depois tentar um relacionamento, planejar uma visita. Na Cargill, por exemplo, fazemos o RFP off cicle, as tarifas começam em junho, e muitos nos procuram em novembro, quando já fechou. Por isso é muito importante entender o cliente e saber das suas especificidades”, pontua a gestora de Viagens da Cargill, Julia Brito.

MUDANÇAS NOS HOTÉIS
O período de pandemia causou diversas transformações na forma de se viajar. Isso fez com que os hotéis tivessem de se adaptar e acompanhar as mudanças de seus hóspedes. Os hotéis corporativos, por exemplo, passaram a receber famílias com crianças, devido ao trabalho remoto. Pets também se tornaram mais comuns.

“Alguns projetos engavetados ou que eram citados e nunca lembrados começaram a aparecer. Vimos hóspedes com muitas crianças, o que antes não acontecia, e passamos a comprar lápis de cor e colocar no apartamento. Algo simples, mas que agradou. Detalhes que antes ficavam nas conversas de brainstorm sobre como podíamos receber os viajantes corporativos de maneira a lazer. E a pandemia acelerou isso. Houve bastante adaptação no mercado como um todo e vejo isso de forma muito positiva”, afirma a diretora de Vendas Globais para América Latina do Wyndham Hotels & Resorts, Ilka Padula.

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