Karina Cedeño   |   08/06/2017 14:38

EUA podem estender veto de eletrônicos a 71 países

Mais uma vez empresas e viajantes corporativos se veem diante de incertezas ao embarcar com seus dispositivos eletrônicos 



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O secretário do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS), John Kelly, afirmou que a agência está considerando proibir o embarque de passageiros com computadores e outros eletrônicos portáteis em voos dos EUA para mais 71 aeroportos, com o intuito de expandir a política de segurança anunciada há três meses, quando dez aeroportos, com ênfase ao Oriente Médio, foram submetidos à regra.

Kelly não citou os aeroportos que poderão entrar nessa restrição e afirmou que nenhuma decisão final foi tomada ainda, mas o secretário adiantou que essa lista de aeroportos pode ser reduzida conforme os procedimentos de seleção eletrônica que o Departamento de Segurança Interna está desenvolvendo.

Ainda de acordo com ele, os Estados Unidos estiveram em contato com secretários da União Europeia e de outros países para definir a criação de novos sistemas de segurança em relação ao porte de dispositivos eletrônicos.

Em 21 de março deste ano a agência proibiu dispositivos eletrônicos maiores que celulares em cabines de voos de dez aeroportos no Oriente Médio e África do Norte devido à preocupação de que terroristas pudessem esconder explosivos neles. Sendo assim, os passageiros são obrigados a armazenar os dispositivos na bagagem despachada.

"UMA GRANDE BAGUNÇA"

Embora não se saiba exatamente que destinos seriam afetados, uma das companhias aéreas a se manifestar foi a alemã Lufthansa. O CEO Carsten Spohr alerta que a medida poderia resultar em uma grande disrupção para a indústria da aviação.

"Será uma enorme bagunça", crê o mandatário. "É algo que não pode ser administrado por hubs como Frankfurt sem consideráveis interrupções."

Refletindo a opinião da maioria dos órgãos de regulamentação da Europa, Spohr aponta que estocar uma grande quantidade de dispositivos eletrônicos nos compartimentos de carga das aeronaves pode ser um risco de explosão de bateria.

"Não estamos dispostos a negociar segurança por segurança", concluiu.

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