Movida

Roberta Queiroz   |   04/07/2016 19:36

Mice da Am. Latina vive "melhor momento" em 40 anos

O Mice (Meeting, Incentives, Conferences and Exhibitions) é um dos poucos setores dentro da indústria do Turismo brasileiro e o da América Latina que navega na contramão da crise. O mercado não só navega bem como vive o melhor momento dos últimos 40

Jhonatan Soares
Alejandro Peláez Rodriguez, da Procolombia, com Miguel Harraca, diretor do CVB América Latina

O Mice (Meeting, Incentives, Conferences and Exhibitions) é um dos poucos setores dentro da indústria do Turismo do Brasil e da América Latina que navega na contramão da crise. O mercado não só navega bem, como vive o melhor momento dos últimos 40 anos. Está é a conclusão do diretor do Convention & Visitors Bureau da América Latina, Miguel Harraca, uma das vozes do MPI Lamec e da segunda edição do Unecongresso.

“A tendência é que o Mice desenvolvido na América Latina cresça 13% até 2020. Um índice totalmente oposto às previsões da Europa, que deve apresentar queda de 4%”, argumentou Harraca. Segundo o executivo, esse movimento pode ser explicado pela migração de grandes empresas para a Ásia e países latino-americanos.

“Precisamos aproveitar o momento. Redes hoteleiras renomadas estão expandindo a oferta em nossos países e gerando lucro em toda a cadeia ligada ao Mice”, explicou. Harraca afirmou que a criação da Unestinos é uma ótima iniciativa frente ao cenário próspero. “A entidade mostra que os CVBs brasileiros estão dispostos a interagir de forma coletiva com a iniciativa pública e a população do destino como um todo”, elogiou.

O diretor não comparou o Mice brasileiro com nenhum outro país por um simples motivo: a singularidade. “Falar de América Latina é falar de lugares muito diferentes. É injusto igualar as condições que cada cidade tem de articular o Mice. São infraestruturas e situações econômicas muito diferentes. O que posso dizer é que São Paulo merece destaque”, opinou.

Harraca também esclareceu que o marketing de destinos desenvolvido na América Latina ainda está longe do ideal. Entender a função dos CVBs, fortalecê-los institucionalmente e entender que recursos financeiros não interferem no sucesso do Mice dentro de uma cidade são tarefas que persistem na lição de casa da maioria dos CVBs.

COLÔMBIA E A INDÚSTRIA DE CASAMENTOS
O diretor da Procolombia, Alejandro Peláez Rodriguez, também dividiu o palco com Harraca. Rodriguez afirmou que compreender o potencial de um destino é imprescindível para que o marketing gere resultados. "Estamos apostando em produtos alternativos como, por exemplo, casamentos. Cartagena é uma cidade que tem atraído muitos casamentos e viagens de lua de mel", comentou. De acordo com Rodriguez, o brasileiro não tem o costume de casar no Exterior e, exatamente por isso, o órgão de promoção da Colômbia está investindo no produto com a ajuda do trade brasileiro. "Quando esse tipo de Turismo é bem feito, ele costuma ser replicado em larga escala", garantiu.

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