Felippe Constancio   |   20/01/2017 12:23

Com segurança integrada, Rio espera US$ 834 mi em eventos em 2017

Diretor do Rio CVB ressalta importância de não se evitar exageros ao tratar questão da violência

nicholasbittencourt/Flickr

O Rio de Janeiro continua lindo, mas para alguns, a impressão pode ser outra. No vai e vem da palavra "Riofobia" nos noticiários, de tempos em tempos, uma notícia em particular chamou a atenção dos promotores da marca "Rio" no começo da semana. Sem citar nomes, o jornal O Globo informou que uma agência de eventos declinou de um evento de R$ 3 milhões para quase mil pessoas na Barra da Tijuca por conta do alto preço da escolta aos participantes.

Isso mesmo que você leu: escolta aos participantes.

"Eu vou sair do meu trabalho e vou pegar o metrô no Botafogo sem escolta. Depois, quando chegar ao Leblon, vou parar para tomar uma água de coco sem escolta. Depois, vou para casa encontrar minha família, também sem escolta", conta o diretor-executivo do Rio Convention & Visitors Bureau, Michael Nagy. "Nós trouxemos o Papa, fizemos a Olimpíada, sediamos a Copa, fazemos grandes Réveillons. A agência desaconselhar a empresa a fazer o evento por causa disso é quase uma difamação à população do Rio".

Na tarefa de gerar uma agenda recheada de eventos para aproveitar o aumento do parque hoteleiro e pontos turísticos da cidade, o Rio CVB acompanha de perto todo o trabalho de integração da segurança e da segurança com os hotéis. Afinal, a organização espera captar 250 eventos em 2017, que juntos representam uma injeção de mais de US$ 834 milhões na economia carioca.

Emerson Souza
O diretor-executivo do Rio CVB, Michael Nagy
O diretor-executivo do Rio CVB, Michael Nagy

"Ontem (19), foi feita uma reunião com a Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal. Com a nova prefeitura, é preciso que a atuação seja assegurada na transição. O Rio toma atitude para resolver uma questão comum a todo o País", comenta Nagy, que ressalta a participação de representantes da hotelaria e membros da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo no encontro.

"A cidade está integrada. Pronta para oferecer espaço para todos os bolsos, já que agora adequou seus preços aos do mercado".

Para o diretor, é importante que os protagonistas do Turismo avaliem suas responsabilidades na hora de assistir o cliente. "Até que ponto a agência não é responsável por um ato desses? Será que ela não soube vender o destino e falou que era preciso uma escolta para justificar preços? O setor de eventos cresceu no Brasil e o Rio foi um dos lugares que mais contribuiu. Temos uma situação no País em que todos temos que trabalhar unidos, criar campanhas, estímulos para o brasileiro para viajar internamente. Generalizações são ruins para o setor, faz perdem emprego, deixarem de conhecer. Se alimentarmos a fobia, perdemos a folia."

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