Beatrice Teizen   |   29/04/2020 13:47

Estudo da GBTA mostra mais otimismo na retomada do setor

Segundo a pesquisa, a maioria das empresas entrevistadas está planejando uma recuperação para 2020

Nos últimos meses, o mundo assistiu à paralisação do setor global de viagens corporativas, mas, de acordo com uma nova pesquisa divulgada pela GBTA, há sinais de otimismo e recuperação no horizonte. O estudo, realizado entre os dias 17 e 22 de abril, constatou que a maioria das empresas está planejando uma recuperação para 2020, com uma em cada três esperando uma retomada em três meses ou menos.

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Segundo a pesquisa, a maioria das empresas entrevistadas está planejando uma recuperação para 2020
Segundo a pesquisa, a maioria das empresas entrevistadas está planejando uma recuperação para 2020
“O mercado de viagens a negócios permanece parado, mas finalmente estamos começando a ver alguma luz no final do túnel. Os associados estão planejando sua recuperação pós-coronavírus e a maioria espera estar operacional em 2020. A maioria das empresas espera que os deslocamentos domésticos sejam retomados nos próximos dois ou três meses, com os funcionários estando dispostos a viajar”, diz o CEO da entidade, Scott Solombrino.

DADOS
De acordo com a pesquisa, a maioria das empresas está idealizando um plano de recuperação em 2020. Um quarto (27%) estima uma recuperação em seis a oito meses, apenas um em cada dez entrevistados está planejando se recuperar em 2021, enquanto um em cada quatro (28%) afirma não saber.

Entre os membros que relatam que sua empresa cancelou pelo menos algumas das viagens domésticas, seis em cada dez (62%) esperam que elas sejam retomadas nos próximos dois ou três meses. Um em cada cinco afirma que espera que os deslocamentos nacionais sejam retomados nos próximos seis a oito meses (18%) ou ainda não têm certeza (19%).

Os respondentes europeus (74%) são mais propensos do que os da América do Norte (58%) a esperar que as viagens domésticas a trabalho retornem em dois a três meses. Já os norte-americanos (21%) não têm certeza quando os deslocamentos dentro do país serão retomados em comparação com os membros da Europa (12%).

A maioria dos associados (88%) espera que os funcionários estejam dispostos a viajar assim que as restrições forem suspensas. Os entrevistados da América do Norte (90%) têm mais probabilidade do que os membros da Europa (83%) de esperar que seus colaboradores estejam dispostos a viajar após o fim das contenções.

FORNECEDORES
O otimismo dos membros fornecedores da GBTA sobre o caminho da recuperação da indústria varia. Um em cada cinco (19%) diz estar mais otimista do que na semana anterior à realização da pesquisa, enquanto seis em dez (57%) afirmam sentir o mesmo que na semana anterior. Já um quarto (24%) sente-se mais pessimista quanto à recuperação.

Eles observam ainda que as reservas de clientes corporativos permaneceram as mesmas (41%) ou diminuíram (49%) na semana anterior ao estudo. Alguns relataram que sua empresa permite algumas viagens essenciais e um terço (35%) afirma que a companhia cancelou ou suspendeu todas as viagens não essenciais, mas permite algumas.

PERDAS
O sentimento dos associados varia em relação ao impacto que a covid-19 teve no setor. Quando perguntados sobre demissões ou licenças no setor de viagens corporativas, quatro em cada dez (42%) sentem que o pior já aconteceu, enquanto um número quase igual (41%) sente que o pior ainda está por vir. É mais provável que os membros do GBTA na América do Norte sintam que o pior já aconteceu quando se trata de demissões e licenças (47%) em comparação com membros da Europa (30%).

Quanto à perda de receita para as empresas de viagens, os entrevistados são mais pessimistas. Mais da metade (56%) sente que o pior ainda está por vir em termos de perda de receita do setor, enquanto um terço (29%) sente que o pior já ocorreu.

POR REGIÃO
As viagens corporativas estão paradas em todo o mundo. As empresas continuam a cancelar ou suspender quase todos os deslocamentos a trabalho, independentemente do país ou região. Os membros da GBTA relatam que suas companhias cancelaram ou suspenderam todas ou a maioria das viagens a negócios para:

  • China – 99% cancelado ou suspenso
  • Hong Kong – 99% cancelado ou suspenso
  • Taiwan – 99% cancelado ou suspenso
  • Outros países da Ásia-Pacífico (como Japão, Coréia do Sul e Malásia) – 99% cancelados ou suspensos
  • Europa – 99% cancelado ou suspenso
  • Países do Oriente Médio – 98% cancelados ou suspensos
  • América Latina – 97% cancelado ou suspenso
  • Canadá – 95% cancelado ou suspenso
  • Estados Unidos – 95% cancelado ou suspenso

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