Uso de táxi cresce 11% entre viajantes corporativos, aponta VOLL
Meio de transporte foi o que mais cresceu no primeiro trimestre, segundo a base de 750 mil usuários da TMC

Um levantamento feito pela VOLL mostrou uma mudança de comportamento do viajante corporativo no deslocamento nas grandes cidades brasileiras. No primeiro trimestre deste ano, a procura por táxis cresceu 11% em relação ao mesmo período de 2024.
Proporcionalmente, o preço médio do transporte por aplicativo passou de R$ 35 nos três primeiros meses do ano passado para R$ 39 no mesmo trimestre de 2025, um aumento de 11%. O cofundador da TMC, Luiz Moura, aponta outros quatro motivos principais para esse novo cenário.
Em primeiro lugar, nas grandes cidades, a infraestrutura de transporte terrestre por táxis pode ser favorável ao passageiro, em especial nos momentos de pico, assegura Moura. “Os corredores de trânsito exclusivo para ônibus e táxi permitem que os deslocamentos sejam feitos em menos tempo, impactando o custo final de cada corrida. Com trechos sendo percorridos pelos passageiros de forma mais ágil, a tarifa de táxis é, em alguns casos de uso, mais competitiva que a oferta dos aplicativos”, afirma.
Além da atratividade das viagens mais rápidas e, como consequência, preços competitivos, o serviço de táxi tem evoluído positivamente nas grandes cidades, nos últimos anos, devido à concorrência. “A qualidade das frotas e o nível de serviço prestado pelos motoristas de táxi foram impulsionados pela rápida adoção do uso de transporte por aplicativo, que, desde o início da chegada dos grandes apps no Brasil, tem combinado a oferta de mobilidade de forma prática com um atendimento por vezes diferenciado por parte dos motoristas credenciados”, complementa.
Um terceiro ponto em especial diz respeito sobre a jornada do viajante a negócios que, geralmente, costuma ter as agendas muito intensas. Nas áreas de desembarque dos principais aeroportos do País, o acesso a táxis é mais imediato em relação às saídas de acesso para o transporte por aplicativo.
“Em Congonhas, especificamente, mesmo em horários de pico de chegada de voos, como em um domingo à noite ou em uma segunda-feira pela manhã, os viajantes corporativos eventualmente gastam menos tempo para embarcar em um táxi que possui ponto no piso superior do aeroporto, o mesmo do desembarque das aeronaves, do que esperando a chegada de um motorista de aplicativo, pelo piso inferior”, exemplifica Moura.
Para o cofundador e Diretor de Negócios da VOLL, outro ponto importante a ser considerado é que os grandes aplicativos de transporte já oferecem a categoria "táxi" dentro de suas plataformas. “Esse fator facilita ainda mais a adoção deste serviço de transporte urbano nas grandes metrópoles brasileiras”, conclui.
Destinos com tíquete médio mais alto para deslocamento
Ainda segundo os dados da travel tech, os cinco destinos corporativos com tíquete médio mais alto para deslocamento via táxi e carros de aplicativo, no primeiro trimestre deste ano, foram:
- Rio de Janeiro e São Paulo em primeiro lugar (R$ 48 cada);
- Salvador (R$ 35);
- Belo Horizonte (R$ 34);
- Porto Alegre e Recife na quarta posição (R$ 30) e
- Curitiba (R$ 27).
Em 2024, a capital do Ceará aparecia na lista. Foram elas, em ordem decrescente: Em primeiro o Rio de Janeiro, depois São Paulo, em terceiro um empate triplo com Belo Horizonte, Fortaleza e Salvador, em seguida Recife e então Porto Alegre.
Projeção 2025
Em uma projeção para as viagens corporativas em 2025, feita durante a Primeira Classe, evento promovido pela VOLL em março, o presidente do conselho de Turismo da FecomercioSP, Guilherme Dietze, destacou que são elas as que, tradicionalmente, puxam o Turismo nacional.
“Embora a política fiscal precise de ajustes, acredito que o crescimento de 3,4% do PIB no ano passado, acima dos 2% inicialmente previstos, e o registro da menor taxa de desemprego da série histórica do IBGE, de 6,2%, somado ao aumento do poder de compra dos trabalhadores favorecerão tanto o consumo básico quanto o lazer e o Turismo este ano”, afirmou o economista.
Em 2024, o Turismo nacional bateu recorde histórico, com alta de 4,3% no setor em relação ao ano anterior, e faturou R$ 207 bilhões.