Beatrice Teizen   |   04/09/2025 15:30
Atualizada em 04/09/2025 15:36

Viagens corporativas têm recorde histórico no 1º semestre e faturam R$ 71 bilhões

Estudo da FecomercioSP com a Alagev mostra crescimento do setor, mas alerta para sinais de desaceleração

Unsplash/Rob Wilson
Levantamento de Viagens Corporativas, da Alagev em parceria com FecomercioSP, mostra recorde no setor no primeiro semestre de 2025
Levantamento de Viagens Corporativas, da Alagev em parceria com FecomercioSP, mostra recorde no setor no primeiro semestre de 2025

O setor de viagens corporativas fechou o primeiro semestre com recorde histórico de faturamento. Segundo o Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), realizado pela FecomercioSP em parceria com a Alagev, o mercado movimentou R$ 71 bilhões no período. O resultado inédito é 7,4% maior que no mesmo período de 2024.

Já em junho, a indústria movimentou R$ 12,6 bilhões. O valor é 4,7% superior ao que foi arrecadado no mesmo mês do ano passado e é um novo marco para a temporada.

Apesar desses números, junho apresentou a menor variação de aumento desde maio de 2024. A diretora executiva da Alagev, Luana Nogueira, explica o motivo deste cenário.

“Uma possível desaceleração no ritmo de crescimento seria natural por dois motivos. Primeiro, porque a economia brasileira já apresenta sinais de arrefecimento, evidenciados nos dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) e nos setores de comércio e indústria, fatores que, em algum grau, impactam a dinâmica de negócios e, consequentemente, as viagens corporativas. O segundo motivo é a base de comparação: diante de um desempenho econômico mais frágil, torna-se mais difícil manter índices tão elevados de expansão”, afirma.

Para efeito de análise, no primeiro semestre de 2024 o crescimento foi de 4,1%, enquanto no segundo semestre chegou a 7%. Ou seja, manter taxas expressivas neste ano será mais desafiador diante de uma base elevada e de uma economia em ritmo mais moderado.

PANROTAS / Emerson Souza
Luana Nogueira, da Alagev
Luana Nogueira, da Alagev

Indicadores do setor como base

Indicadores do Turismo reforçam esse cenário. De acordo com o Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), a taxa de ocupação hoteleira em junho foi de apenas 0,5%, com três regiões registrando retração em relação ao mesmo período do ano anterior.

Divulgação

Outro fator que merece atenção é o chamado “tarifaço americano”, que pode enfraquecer ainda mais a economia brasileira e interferir nas decisões de médio e longo prazo. Ainda assim, no segmento de eventos, feiras e congressos, a maioria das agendas do segundo semestre já está confirmada, o que garante movimento consistente para o setor.

“Apesar dos desafios do cenário econômico, observamos que algumas variáveis atuam de forma positiva para o segmento. A queda do câmbio, por exemplo, ajudou a reduzir o preço médio das passagens aéreas, que representam um dos principais custos das empresas. Isso contribui para manter o ritmo das viagens corporativas em alta”, complementa.

É possível acompanhar o estudo completo no documento disponível neste link.

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