Beatrice Teizen   |   23/10/2025 15:56

6 tendências em viagens corporativas apresentadas pela Alagev no BTM 2025; confira

Luana Nogueira, diretora executiva da entidade, trouxe insights para participantes da feira em Fortaleza


PANROTAS / Emerson Souza
Luana Nogueira, da Alagev
Luana Nogueira, da Alagev

FORTALEZA – O que está mudando a realidade das empresas quando falamos de viagens corporativas? O que mudou no perfil do viajante a negócios? Quais os propósitos de uma viagem a trabalho depois da pandemia? Estes foram alguns dos assuntos abordados em palestra trazida pela diretora executiva da Alagev, Luana Nogueira, no BTM 2025, em Fortaleza.

“Não é mais sobre recuperação pós-covid e, sim, sobre volumes muito maiores quando falamos de viagens corporativas. Já superamos em 40% o nível em 2024 e estamos em franco crescimento para 2025. No último ano, atingimos R$ 132 bilhões transacionados neste setor no Brasil. É um segmento extremamente importante, um grande colchão para a economia brasileira”, afirma Luana.

A retomada já passou e, neste momento, o mercado encontra-se em um crescimento exponencial. Agora, vivemos a consolidação do modelo híbrido de negócios, vendo que o on-line funciona, assim como o home office. Mas isso não quer dizer que as viagens acabaram. Muito pelo contrário, elas vêm com mais propósito e estratégia, assim como o papel do gestor.

6 tendências principais

Em seu painel, Luana Nogueira trouxe seis tendências para as viagens corporativas. Veja a seguir.

1) Viagens como investimento estratégico e não custo

  • Mudança de mentalidade: gestores e CFOs enxergam a viagem como parte da estratégia de crescimento, cultura e inovação;
  • Métricas de performance de viagem (ROI, ROE);
  • Alagev e Unedestinos destacam impacto das viagens corporativas na retenção de talentos e na performance comercial;
  • “Viagens a trabalho tocam na satisfação e mexem com a vida do colaborador. Por isso precisam ser pensadas", diz Luana.


2) Sustentabilidade e ESG como pilares centrais

  • Empresas priorizando fornecedores certificados e práticas de baixo impacto ambiental;
  • Políticas de viagem corporativa alinhadas às metas de ESG (emissões de carbono, inclusão social diversidade);
  • Exemplos práticos: programas de compensação de carbono e incentivo a destinos sustentáveis;
  • “Temos um perfil de ser o setor que mais da metade trabalha de forma informal e isso tem de deixar de existir. Porque falamos de responsabilidade. E o cliente está extremamente atento a isso", pontua.


3) Tecnologia e dados como aceleradores da eficiência

  • Adoção de plataformas integradas de gestão de viagens (TMCs + apps de despesas + políticas de compliance;
  • Inteligência de dados para prever custos, comportamentos e riscos;
  • A influência da IA generativa na personalização da experiência do viajante.


4) Experiência e bem-estar do viajante

  • Viagens centradas no equilíbrio entre produtividade e qualidade de vida;
  • Políticas corporativas mais flexíveis e humanizadas;
  • Tendência de bleisure;
  • Alagev destaca o bem-estar como fator determinante de engajamento e retenção.


PANROTAS / Emerson Souza
Painel foi realizado no primeiro dia de BTM 2025
Painel foi realizado no primeiro dia de BTM 2025

5) Novos formatos de eventos corporativos

  • A fusão entre viagens corporativas e eventos de relacionamento (como o Lacte);
  • A volta dos encontros presenciais com foco em imersão, networking e conteúdo relevante;
  • Modelos híbridos e “meetings as experiences”;
  • Pegando este gancho, em 17 de novembro a PANROTAS realiza a primeira edição do MOVE, um evento voltado exclusivamente para gestores de viagens. Saiba tudo aqui.


6) Destinos inteligentes e conectados

  • As cidades que estão se preparando para receber o novo viajante corporativo: conectividade, infraestrutura, segurança e sustentabilidade;
  • O papel da Embratur e Unedestinos no fortalecimento dos destinos brasileiros de negócios
  • Incentivos à regionalização e descentralização dos polos de eventos.


Qual a conclusão disso tudo?

“O gestor precisa aparecer cada vez mais como estrategista, não mais tático. Ele precisa ser totalmente estratégico, analista de dados. Estar atento a tudo que acontece, principalmente em relação à IA e inovação e ser um embaixador da cultura organizacional, que é fundamental para que a gente tenha entendimento do programa de viagens"

Luana Nogueira, diretora executiva da Alagev

A diretora executiva da Alagev acrescenta ainda que as empresas que souberem equilibrar tecnologia, sustentabilidade e propósito terão vantagem competitiva no mercado.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados

Foto de Beatrice Teizen

Conteúdos por

Beatrice Teizen

Beatrice Teizen tem 6534 conteúdos publicados no Portal PANROTAS. Confira!

Sobre o autor

Jornalista formada pela PUC-SP, com experiência em redações como Forbes Brasil e Agora São Paulo, além de colaborações para CNN Brasil e UOL. Entrou na PANROTAS em 2017, com foco especialmente no PANROTAS Corporativo, e, desde 2021, atua como coordenadora de Redação