6 tendências em viagens corporativas apresentadas pela Alagev no BTM 2025; confira
Luana Nogueira, diretora executiva da entidade, trouxe insights para participantes da feira em Fortaleza

FORTALEZA – O que está mudando a realidade das empresas quando falamos de viagens corporativas? O que mudou no perfil do viajante a negócios? Quais os propósitos de uma viagem a trabalho depois da pandemia? Estes foram alguns dos assuntos abordados em palestra trazida pela diretora executiva da Alagev, Luana Nogueira, no BTM 2025, em Fortaleza.
“Não é mais sobre recuperação pós-covid e, sim, sobre volumes muito maiores quando falamos de viagens corporativas. Já superamos em 40% o nível em 2024 e estamos em franco crescimento para 2025. No último ano, atingimos R$ 132 bilhões transacionados neste setor no Brasil. É um segmento extremamente importante, um grande colchão para a economia brasileira”, afirma Luana.
A retomada já passou e, neste momento, o mercado encontra-se em um crescimento exponencial. Agora, vivemos a consolidação do modelo híbrido de negócios, vendo que o on-line funciona, assim como o home office. Mas isso não quer dizer que as viagens acabaram. Muito pelo contrário, elas vêm com mais propósito e estratégia, assim como o papel do gestor.
6 tendências principais
Em seu painel, Luana Nogueira trouxe seis tendências para as viagens corporativas. Veja a seguir.
1) Viagens como investimento estratégico e não custo
- Mudança de mentalidade: gestores e CFOs enxergam a viagem como parte da estratégia de crescimento, cultura e inovação;
- Métricas de performance de viagem (ROI, ROE);
- Alagev e Unedestinos destacam impacto das viagens corporativas na retenção de talentos e na performance comercial;
- “Viagens a trabalho tocam na satisfação e mexem com a vida do colaborador. Por isso precisam ser pensadas", diz Luana.
2) Sustentabilidade e ESG como pilares centrais
- Empresas priorizando fornecedores certificados e práticas de baixo impacto ambiental;
- Políticas de viagem corporativa alinhadas às metas de ESG (emissões de carbono, inclusão social diversidade);
- Exemplos práticos: programas de compensação de carbono e incentivo a destinos sustentáveis;
- “Temos um perfil de ser o setor que mais da metade trabalha de forma informal e isso tem de deixar de existir. Porque falamos de responsabilidade. E o cliente está extremamente atento a isso", pontua.
3) Tecnologia e dados como aceleradores da eficiência
- Adoção de plataformas integradas de gestão de viagens (TMCs + apps de despesas + políticas de compliance;
- Inteligência de dados para prever custos, comportamentos e riscos;
- A influência da IA generativa na personalização da experiência do viajante.
4) Experiência e bem-estar do viajante
- Viagens centradas no equilíbrio entre produtividade e qualidade de vida;
- Políticas corporativas mais flexíveis e humanizadas;
- Tendência de bleisure;
- Alagev destaca o bem-estar como fator determinante de engajamento e retenção.

5) Novos formatos de eventos corporativos
- A fusão entre viagens corporativas e eventos de relacionamento (como o Lacte);
- A volta dos encontros presenciais com foco em imersão, networking e conteúdo relevante;
- Modelos híbridos e “meetings as experiences”;
- Pegando este gancho, em 17 de novembro a PANROTAS realiza a primeira edição do MOVE, um evento voltado exclusivamente para gestores de viagens. Saiba tudo aqui.
6) Destinos inteligentes e conectados
- As cidades que estão se preparando para receber o novo viajante corporativo: conectividade, infraestrutura, segurança e sustentabilidade;
- O papel da Embratur e Unedestinos no fortalecimento dos destinos brasileiros de negócios
- Incentivos à regionalização e descentralização dos polos de eventos.
Qual a conclusão disso tudo?
“O gestor precisa aparecer cada vez mais como estrategista, não mais tático. Ele precisa ser totalmente estratégico, analista de dados. Estar atento a tudo que acontece, principalmente em relação à IA e inovação e ser um embaixador da cultura organizacional, que é fundamental para que a gente tenha entendimento do programa de viagens"
Luana Nogueira, diretora executiva da Alagev
A diretora executiva da Alagev acrescenta ainda que as empresas que souberem equilibrar tecnologia, sustentabilidade e propósito terão vantagem competitiva no mercado.