Pedro Menezes   |   10/11/2025 13:41

Empresas avançam pouco em viagens corporativas sustentáveis, aponta GBTA

Benchmark global revela estagnação em práticas que influenciam decisões de viagens sustentáveis

Getty Images
O levantamento, feito em parceria com a Accenture, ouviu 285 companhias em todo o mundo, responsáveis por US$ 22 bilhões em gastos anuais com viagens corporativas
O levantamento, feito em parceria com a Accenture, ouviu 285 companhias em todo o mundo, responsáveis por US$ 22 bilhões em gastos anuais com viagens corporativas

As empresas globais seguem comprometidas com a sustentabilidade em viagens corporativas, mas ainda enfrentam dificuldades para avançar em áreas de maior impacto climático. É o que revela a segunda edição do GBTA Sustainability Acceleration Challenge, iniciativa da GBTA Foundation, braço da Global Business Travel Association voltado a sustentabilidade.

O levantamento, feito em parceria com a Accenture, ouviu 285 companhias em todo o mundo, responsáveis por US$ 22 bilhões em gastos anuais com viagens corporativas. O estudo indica que mais organizações estão medindo e gerenciando suas emissões de carbono, porém o ritmo de progresso segue limitado.

“Há engajamento real e compromisso crescente, mas a urgência precisa ser maior. Para preparar o setor para o futuro, as empresas devem acelerar a adoção de práticas de compra sustentável e estratégias de gestão de carbono”

Delphine Millot, vice-presidente sênior de Advocacy e Sustentabilidade da GBTA e diretora-geral da GBTA Foundation

Principais resultados

  • A pontuação média global de maturidade em sustentabilidade subiu de 1,3 para 1,4 (em uma escala de 0 a 5), mostrando avanços modestos.
  • 285 empresas participaram da edição de 2025, um crescimento de 20% em relação ao ano anterior.
  • Pequenos programas (menos de US$ 5 milhões) tiveram desempenho melhor, enquanto grandes corporações (acima de US$ 500 milhões) mostraram regressão.
  • Setores financeiro e de consultoria continuam liderando, com pontuações de 1,9 e 1,7, respectivamente.

O relatório mostra ainda evolução em práticas de políticas de viagem sustentável, orçamento de carbono e relatórios de emissões, mas também alerta para estagnação em áreas críticas. Ferramentas que ajudam a moldar decisões de reserva, como taxas de carbono e recursos em sistemas de reserva online (OBTs), praticamente não avançaram.

Outra barreira está na contratação de fornecedores sustentáveis – cláusulas e padrões de compras verdes ainda têm pouca adesão. Já o uso de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) cresce lentamente: 15% das empresas compraram certificados em 2025, contra 12% no ano anterior.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados

Foto de Pedro Menezes

Conteúdos por

Pedro Menezes

Pedro Menezes tem 4338 conteúdos publicados no Portal PANROTAS. Confira!

Sobre o autor

Natural do Rio de Janeiro, Pedro Menezes é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo e atua há 12 anos na imprensa especializada em Turismo. Atualmente, é editor do maior portal brasileiro voltado a profissionais do setor, com base em São Paulo. O jornalista tem experiência em cobertura nacional e internacional de feiras, congressos e eventos, além de pautas de política e economia ligadas ao Turismo.