Empresas avançam pouco em viagens corporativas sustentáveis, aponta GBTA
Benchmark global revela estagnação em práticas que influenciam decisões de viagens sustentáveis

As empresas globais seguem comprometidas com a sustentabilidade em viagens corporativas, mas ainda enfrentam dificuldades para avançar em áreas de maior impacto climático. É o que revela a segunda edição do GBTA Sustainability Acceleration Challenge, iniciativa da GBTA Foundation, braço da Global Business Travel Association voltado a sustentabilidade.
O levantamento, feito em parceria com a Accenture, ouviu 285 companhias em todo o mundo, responsáveis por US$ 22 bilhões em gastos anuais com viagens corporativas. O estudo indica que mais organizações estão medindo e gerenciando suas emissões de carbono, porém o ritmo de progresso segue limitado.
“Há engajamento real e compromisso crescente, mas a urgência precisa ser maior. Para preparar o setor para o futuro, as empresas devem acelerar a adoção de práticas de compra sustentável e estratégias de gestão de carbono”
Delphine Millot, vice-presidente sênior de Advocacy e Sustentabilidade da GBTA e diretora-geral da GBTA Foundation
Principais resultados
- A pontuação média global de maturidade em sustentabilidade subiu de 1,3 para 1,4 (em uma escala de 0 a 5), mostrando avanços modestos.
- 285 empresas participaram da edição de 2025, um crescimento de 20% em relação ao ano anterior.
- Pequenos programas (menos de US$ 5 milhões) tiveram desempenho melhor, enquanto grandes corporações (acima de US$ 500 milhões) mostraram regressão.
- Setores financeiro e de consultoria continuam liderando, com pontuações de 1,9 e 1,7, respectivamente.
O relatório mostra ainda evolução em práticas de políticas de viagem sustentável, orçamento de carbono e relatórios de emissões, mas também alerta para estagnação em áreas críticas. Ferramentas que ajudam a moldar decisões de reserva, como taxas de carbono e recursos em sistemas de reserva online (OBTs), praticamente não avançaram.
Outra barreira está na contratação de fornecedores sustentáveis – cláusulas e padrões de compras verdes ainda têm pouca adesão. Já o uso de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) cresce lentamente: 15% das empresas compraram certificados em 2025, contra 12% no ano anterior.