Taxas de hotelaria na América Latina deverão cair em 2017

As perspectivas para os preços na hotelaria mundial em relação às viagens corporativas preveem estabilidade para 2017, com exceção da América Latina, que deverá enxergar uma diminuição ligeira. É o que aponta a pesquisa Global Business Travel Forecast 2017 realizada pela American Express Global Business Travel (Amex GBT).

Apesar de alguns possíveis resultados positivos na Colômbia e no México, a análise prevê que a demanda na América Latina permanecerá baixa, fazendo com que as taxas diminuam em geral.

Além disso, a Amex GBT aponta que a presença do Zika vírus não afetou o número de turistas que foram para a região em 2016 - e a expectativa é de que o cenário se mantenha em 2017. No Brasil, as taxas de hotelaria deverão cair 3,5%, enquanto países como México terão um cenário estável no próximo ano.

AMÉRICA DO NORTE
Nos Estados Unidos, por sua vez, uma nova oferta significativa deverá garantir aumentos moderados, com o inventário permanecendo estável. A Amex GBT também aponta que as taxas vão aumentar ligeiramente na maior parte do Canadá, devido a um aumento da procura ligada ao dólar canadense fraco.

EUROPA
Por conta de incertezas políticas e econômicas na região, o estudo prevê um achatamento na demanda por hotéis na Europa no próximo ano. A falta de novas ofertas, no entanto, deve ajudar a sustentar aumentos leves nas taxas.

A pesquisa destaca ainda uma previsão estável para o Reino Unido, apesar de especulações a respeito do aumento de preços na região por conta da permanência de turistas domésticos no país.

Em países europeus onde o crescimento da demanda é forte, como na Irlanda ou a Rússia, os aumentos de preços devem ser igualmente robustos. Em contrapartida, a demanda forte em Dubai e Abu Dhabi deve resultar em aumentos mínimos de preços, por conta da quantidade significativa de novas construções nessas cidades.

ÁSIA
As tarifas de hotéis deverão variar bastante em cada país na região da Ásia em 2017 por conta de condições econômicas diversas, segundo a Amex GBT. O crescimento da classe média na China e o fortalecimento da economia da Índia estão contribuindo para um forte aumento da procura. Tais fatores serão compensados por aumentos em inventário, controlando assim o crescimento da taxa. Em contrapartida, as áreas onde o inventário não está crescendo, como Sydney ou Tóquio, a previsão é de que as taxas voltem a subir no próximo ano.