Beatrice Teizen   |   04/05/2020 10:38   |   Atualizada em 04/05/2020 10:57

TMCs Abracorp têm queda de 19% no primeiro trimestre

Números correspondentes às TMCs associadas mostram os efeitos decorrentes da pandemia do novo coronavírus


Emerson Souza
Gervásio Tanabe, diretor executivo da Abracorp
Gervásio Tanabe, diretor executivo da Abracorp
As associadas Abracorp obtiveram recuo geral de 18,7% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período em 2019, correspondendo a uma oscilação negativa de R$ 2.545.679.369 para R$ 2.068.886.410. Os resultados das vendas das agências de viagens corporativas associadas à entidade acabam de ser divulgados e já mostram os efeitos decorrentes da pandemia do novo coronavírus, ainda que as medidas mais severas de isolamentos social tenham sido aplicadas apenas em março no País.

Em números absolutos, o resultado negativo deveu-se à retração geral da movimentação de pessoas, em âmbito nacional e internacional. Em termos percentuais, o segmento aéreo nacional decaiu 19,8%, indo de R$ 1.023.432.134 para R$ 820.896.451. O internacional apresentou queda de 22,6%, recuando de R$ 645.161.756 para R$ 499.204.877.

A hotelaria nacional caiu 7,2%, na comparação dos primeiros trimestres de 2019 e 2020 – de R$ 482.809.619 para R$ 448.285.169. Já a internacional sofreu declínio de 26,7%, indo de R$ 125.782.092 para R$ 92.190.406.

Dos 16 itens pesquisados, apenas dois apresentaram resultados positivos: transfer internacional (cresceu 40,5%) e seguro viagem nacional (aumentou 19,8%). O maior recuo, em termos percentuais, deu-se com o item pacote viagem internacional, que diminuiu em 60, 9%. Quanto ao market share do comparativo geral das vendas, pela ordem estão: aéreo nacional; aéreo internacional; hotelaria nacional e hotelaria internacional.

Comparativo 2019-2020 – janeiro/fevereiro/março
Por conta do impacto pontual da pandemia na movimentação geral de vendas das associadas Abracorp, cabe salientar a seguinte descrição comparativa: janeiro de 2019 x 2020: aumento de 7,11%. Fevereiro de 2019 x 2020: recuo de -6,47%. Março de 2019 x 2020: recuo de -54,23%.

“Como era de se esperar, o impacto começou em fevereiro, uma vez que a pandemia começou na Ásia em novembro, depois veio para Europa em janeiro e em seguida atingiu as Américas em março. Para abril, a queda estimada é muito maior, pois a movimentação é quase nula. Diante deste prognóstico, em conjunto com as demais entidades do setor, consideramos indispensável que o governo prorrogue a MP 936, tendo em vista a manutenção dos empregos”, afirma o presidente executivo da entidade, Gervasio Tanabe.

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