Karina Cedeño   |   28/03/2018 14:01

Reservas EUA-Brasil saltam 37% após o visto eletrônico

Bookings de fevereiro superam atipicamente os de janeiro


Jeanine Pires
Um mês após a implementação do visto eletrônico para norte-americanos, o número de reservas “ida e volta” do país para o Brasil cresceu 37% em fevereiro, quando comparado com o mesmo mês do ano passado, e 6% ante janeiro de 2018. É interessante notar que este é um movimento atípico, considerando o menor número de dias do segundo mês do ano.

As informações foram divulgadas pela Destination Insight, ferramenta de inteligência para destinos da Amadeus. “A facilitação do visto é certamente o fator que mais explica o crescimento de fevereiro. Em um mês com menos dias, somente é possível haver um aumento tão robusto mediante um fato que altere os números orgânicos da indústria. No decorrer do ano, teremos um cenário ainda mais claro desse benefício do visto eletrônico, mas esse primeiro mês já é muito promissor para os nossos destinos, além de mostrar como é possível influenciar positivamente o número de visitantes internacionais com ações certeiras, que simplifiquem a vida do viajante”, afirmou o diretor comercial da Amadeus no Brasil, Paulo Rezende.

BUSCAS MANTÊM O RITMO PADRÃO
Outro fato curioso revelado pela Amadeus Destination Insight é que, apesar de as reservas de norte-americanos para o Brasil terem crescido 6% sobre janeiro, as buscas de viagens não seguiram o mesmo padrão. Os dados da ferramenta de big data mostram que a intenção de compra dos EUA em relação ao Brasil caiu 16% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, apesar de ter apresentado forte alta em relação a fevereiro de 2017.

Tais números sugerem que a taxa de conversão EUA-Brasil melhorou em fevereiro, mas também apontam para a possibilidade de melhoria da comunicação do novo visto para os norte-americanos. “A queda é sempre esperada em fevereiro, devido ao mês ser menor. Mas, se os bookings cresceram, seria normal esperar um aumento também nas buscas. Como isso não ocorreu, minha hipótese é de que o fator que impulsionou a maior conversão de buscas em reservas efetivas foi o visto eletrônico. Por outro lado, como não houve aumento de demanda – mais consultas de americanos por destinos no Brasil – aparentemente não houve, até este momento, uma comunicação efetiva que mostre ao norte-americano que há mais facilidade para nos visitar”, completou Rezende.

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