Corporativo prefere self booking a agência; veja gráficos
No ano passado, o Sabre fez uma pesquisa com viajantes a negócios, para saber as tendências para os próximos quatro anos. As três prioridades desse viajante eram: mobilidade (80%), segurança (78%) e meios de pagamento (66%). Então este ano, em parceria com a
MENOS AGÊNCIA, MAIS AUTONOMIA
O primeiro indicador (vermelho) mostra o uso de ferramentas de self booking, enquanto o segundo (laranja) traz o interesse no apoio de agências de viagens corporativas (TMCs) e o departamento interno de viagens das empresas
Então este ano, em parceria com a GBTA, o Sabre decidiu focar no item mais destacado na pesquisa anterior (mobilidade), e saber como o viajante a negócios se comporta no mundo digital, tendo o smartphone como peça principal do estudo.
Foram ouvidos 1.726 viajantes da Europa e América do Norte, com média de idade de 43 anos e sete viagens por ano. Um dos principais resultados da pesquisa foi ver como os millennials impactam as viagens corporativas.
A previsão é que já em 2020 a geração Y (que hoje têm entre 18 e 35 anos) sejam 50% da força de trabalho, hoje dominada por outros grupos, especialmente o público X (35 a 54 anos).
Segundo dados divulgados no Sabre TTX, a conexão móvel (mobilidade que eles chamam) é usada durante as viagens para navegação (81%) e achar o que fazer (67%). Oitenta por cento dos gestores de viagens consideram o mobile uma prioridade. E 60% dos business travelers viajam com pelo menos três dispositivos: smartphone, tablet e notebook.
1) Preferência por ferramentas de self booking. Nesse caso, a geração não influencia, pois os X (35 a 54 anos) são os que mais têm interesse nesse tipo de ferramenta, buscada por todas as idades;
2) O gerente do Sabre, Brad Bennett, considerou baixo (20%) o índice de empresas que possuem um app e alto (46%) o de empresas que sequer indicam apps de viagens preferenciais a seus viajantes;
3) O aéreo é o segmento mais utilizado pelos viajantes, mas a reserva de hotéis foi uma surpresa positiva, assim como foi uma surpresa negativa a baixa adesão ao Uber e Lyft (apps de corrida), haja vista o barulho que fazem na mídia. Mas se for olhar por geração, os millennials estão mais propensos a usar serviços compartilhados de transporte e hospedagem. Portanto, é uma tendência que vai crescer;
4) Os viajantes querem personalização de produtos, mas por outro lado dizem que não estão dispostos a compartilhar informações com as empresas. Mal sabem eles que já compartilham. Em um perfil de reserva no Sabre, por exemplo, há 160 informações do passageiro;
5) No item método de pagamento, foi surpresa ver que o cartão de crédito pessoal é o mais usado para pagar despesas, à frente do cartão corporativo. E a geração dos millennials é a mais propensa a usar mobile payment (pagamento com o celular), com 79%;
6) No quesito segurança, 61% dos viajantes americanos se dizem dispostos a serem rastreados pela empresa, por conta de possíveis problemas de segurança. No caso de um ataque ou desastre natural, eles seriam encontrados com mais facilidade. E 43% disseram que no caso de problemas de segurança ligam ou mandam e-mail para suas empresas, o que revela alto uso de meios considerados "tradicionais";
7) Social media também teve baixo uso, mas se olharmos só os millennials vemos que é algo que vai dominar também as viagens de negócios, ainda mais com o bleisure (negócios e lazer) tomando cada vez mais espaço na agenda dos viajantes e com as empresas mais preocupadas com o bem estar desse viajante corporativo.