Movida

Henrique Santiago   |   21/06/2016 14:49

No corporativo, experiência do viajante é tendência

Foi-se o tempo em que o preço era o fator determinante na incorporação de uma viagem de negócios. O cenário de hoje é outro: o passageiro está no centro das atenções. Essa discussão foi apresentada hoje, em São Paulo, no A


Emerson Souza
Patricia Thomas e Viviânne Martins

Foi-se o tempo em que o preço era o fator determinante na incorporação de uma viagem de negócios. O cenário de hoje é outro: o passageiro está no centro das atenções. Essa discussão foi apresentada hoje, em São Paulo, no Abroad Corporate, evento realizado pela Academia de Viagens para mais de 100 profissionais.

Com anos de indústria a favor, a diretora da empresa e presidente do conselho da Associação Latino-americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev), Viviânne Martins, destaca que os gestores devem mudar a mentalidade no ambiente do trabalho. Desta forma, as empresas devem se atualizar e mudar sua forma de atuação. Segundo ela, a palavra disrupção, falada e ouvida na indústria, deve ser colocada em prática para melhorar a experiência do viajante.

“Ele [passageiro] tem voz. Talvez até saibam comprar viagens melhor do que nós”, destacou, complementando que a geração Y, os millennials, seguem a mesma linha, mas preferem consultar uma agência de viagens para concretizar uma viagem de negócios.

E melhorar a experiência não necessariamente significa aumentar custos. Os gestores de viagens, segundo a presidente da Alagev, Patricia Thomas, podem acrescentar benefícios ao viajante de negócios que têm pouco ou zero custo. Por exemplo, o aplicativo que avisa se o voo sairá no horário programado ou onde é a entrada de uma sala vip para a espera de conexão de voo.

Para ela, uma das soluções se encontra no Uber, serviço de corridas privadas. “Eu entrei em um táxi e estava atrasada para chegar em Congonhas. O motorista não tinha Waze, garantiu que sabia o caminho, reclamou quando pedi para ligar o ar, não tinha troco e não aceitava cartão. Isso não aconteceria no Uber”, exemplificou.

O MUNDO MUDOU
Outro ponto discutido é a inclusão do bleisure nas viagens, expressão em inglês que mistura o negócio (business) com lazer (leisure). De acordo com Viviânne, seria muito mais benefício para o profissional que visita um país conhecer a cultura local. “Por que não fazer um city tour um dia antes? O custo pode ser menor, por exemplo, quando você compra o bilhete para o dia anterior”, ponderou ela.

Ambas concordam que qualquer geração, sejam jovens ou mais experientes, pode se adaptar à experiência. Com engajamento, este item se faz tão importante quando zelar pela segurança e buscar custos. “O mundo mudou, gente”, exclamou Patricia.

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, o Abroad Corporate irá visitar novamente o Rio de Janeiro (5/7), passará por Recife (4/8), Bogotá (11/8), Buenos Aires (2/9), Campinas (SP) (15/9), Brasília (4/10) e, novamente, desembarcará em São Paulo (11/10).

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