A Conferência GBTA 2016 teve início hoje, em São Paulo, com um painel para discutir a presença do New Distribution Capability (NDC) no BSP das companhias aéreas. O gerente de Soluções para Aviação da Iata, Jefferson Simões, porta-voz da associação internacional de transporte aéreo, destacou que as transportadoras deixaram de ser relutantes com a implementação do produto, mas o Brasil ainda está no processo inicial.

Em debate amistoso realizado com o presidente da Abav Nacional, Edmar Bull, e o diretor executivo da Abracorp, Gervasio Tanabe, o profissional assinalou que os sistemas de distribuição global (GDSs) iniciaram um “boicote” ao lançamento da solução, em 2012, mas mudaram o posicionamento com o passar do tempo.

“Eles entendiam que a Iata ia lançar [seu próprio GDS]. Nós não temos esse perfil e não trabalhamos com isso. Todos somos parceiros e trabalhamos juntos para ter informação”, disse ele.

Para Simões, oferecer um produto diferenciado ao viajante, seja wi-fi a bordo, refeição ou bagagem extra adquirida com antecipação, é uma forma de estar à frente da concorrência. E isso, ainda de acordo com ele, beneficia toda a cadeia produtiva. Questionado por Tanabe sobre custos, o executivo da Iata foi direto.

“Custos valem investimento. Não tem como mensurar valor, mas o retorno que se tem. Tem investimento de melhor plataforma e planejamento. Com o NDC sendo padrão, se tem maior abertura para outros players. Com mais empresas no mercado, mais concorrência e menor preço”, opinou.

Entre as quatro grandes aéreas do Brasil, apenas a Gol opera o NDC. O porta-voz da Iata diz que tanto Avianca e Azul quanto Latam têm interesse em aderir ao produto.

A edição deste ano da Conferência GBTA acontece até amanhã (28), com sessões e debates entre as 9h e 18h30 sobre o mercado de viagens de negócios.