Artur Luiz Andrade   |   24/05/2016 11:47

GBTA prevê queda de 8,5% no corporativo brasileiro

Segundo estudo da Global Business Travel Association (GBTA), específico sobre o Brasil, a previsão é que os gastos com viagens corporativas no País caiam 8,5% em 2016, com o mercado iniciando uma recuperação somente em 2017. É o quarto prognóstico consecutivo do estudo em relação ao Brasil.


Emerson Souza
Wellington Costa, da GBTA

Segundo estudo da Global Business Travel Association (GBTA), específico sobre o Brasil, a previsão é que os gastos com viagens corporativas no País caiam 8,5% em 2016, com o mercado iniciando uma recuperação somente em 2017. É o quarto prognóstico consecutivo do estudo em relação ao Brasil.

“O mercado de viagens corporativas no Brasil reflete o sentimento maior da economia brasileira como um todo”, diz o diretor geral da GBTA no Brasil, Wellington Costa. “Em época de recessão doméstica, crescimento global lento, preços baixos de commodities e outras preocupações que afetam a economia brasileira, o clima de viagens corporativas também sente essas pressões. Mas apesar de tudo isso, somos otimistas que 2016 será o fundo do poço e que modestos ganhos serão vistos em um futuro próximo”. Vale ressaltar que, a despeito da recessão, o Brasil se mantém como um dos dez maiores mercados para viagens corporativas, posto que pode perder se a crise perdurar mais que o esperado.

Outros destaques do estudo da GBTA sobre o Brasil:

- O PIB brasileiro deve cair 3% este ano, com previsão de crescer 1,3% em 2017.

- A recessão está atingindo fortemente as viagens corporativas domésticas, que podem continuar a ser prejudicadas pela falta de infraestrutura, altos níveis de endividamento público e também de impostos.

- Burocracia, altos impostos, dívida pública e uma estrutura pesada de taxas levam também a um baixo índice de competitividade.

- O Brasil se mantém como último colocado no ranking dos 15 principais mercados de viagens corporativas, levando-se em conta a qualidade geral de sua infraestrutura.

- Podem melhorar o quadro a resolução da atual crise política, um aumento no preço das commodities e o sucesso das Olimpíadas de agosto. O relatório indica, porém, que os Jogos Olímpicos terão pouco ou nenhum efeito sobre as previsões para as viagens corporativas.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.