HX Expedition, parte 3: PANROTAS e Discover chegam à Antártica com boas-vindas de baleias
MS Roald Amundsen atravessa a Passagem de Drake e tem primeiro contato com o continente gelado
MS ROALD AMUNDSEN – Dois dias de navegação pela temida Passagem de Drake foram necessários para que a HX Expedition chegasse ao seu destino, e as boas-vindas não poderiam ter sido melhores.
O tempo se abriu e, logo de cara, o Sol veio para mostrar quão deslumbrante pode ser a experiência de quem viaja ao continente gelado. Entre icebergs e baleias, a PANROTAS e a Discover Cruises chegaram. Agora já é Antártica, e esse é só o começo.
A Travessia (temida, pero no mucho)
Muito se fala sobre a Passagem de Drake, o trecho que separa a ponta da América do Sul da Antártica. São cerca de mil quilômetros de distância entre os dois continentes, sendo a região em que as águas dos Oceanos Pacífico e Atlântico se encontram. E se você procurar por vídeos na internet sobre o local, poderá ficar mais assustado do que realmente deveria.
Eu não vou mentir dizendo que os dois dias de travessia entre Ushuaia, na Argentina, e a Antártica foram super calmos, mas confesso que foi bem mais tranquilo do que eu imaginava. A fama da Passagem de Drake não é à toa, e o mar por ali realmente é agitado, mas em uma expedição como a realizada pela HX com o moderno MS Roald Amundsen, o máximo que pode acontecer é balançar um pouco mais do que você está acostumado.

Repleto de tecnologias que incluem estabilizadores, radares e sensores, o navio foi construído pensando não apenas em lidar com águas turbulentas como também evitá-las. Em pleno 2025, é mais do que possível prever as condições meteorológicas com antecedência, e a travessia só será realizada em segurança, por rotas que evitem ao máximo ondas e ventos mais fortes.
Mas cá entre nós, quando se está indo para um destino tão inóspito como a Antártica, seguindo caminhos de grandes exploradores da História, não dá para tudo ser uma molezinha, né? O desafio faz parte da aventura e a recompensa vale muito a pena. Ao invés de ser tratada como uma preocupação, a travessia deveria ser mais um incentivo para quem sonha em fazer esta viagem. É superar medos e perceber que tudo dá certo, talvez só com um enjoozinho no processo.
Gelo à vista!
Passadas 40 horas desde a saída de Ushuaia, o capitão do MS Roald Amundsen anunciou que estávamos entrando em uma zona onde já seria possível avistar icebergs à distância, lançando uma verdadeira “caça ao tesouro” entre os passageiros. Muitos correram para as janelas com seus binóculos e, duas horas depois, o primeiro bloco de gelo flutuante foi avistado. Seus descobridores, assim como prometido pelo comandante, foram premiados.

Mas o verdadeiro prêmio, para todos a bordo, veio um pouco mais tarde. Com praticamente 48 horas cravadas desde o embarque, não eram apenas blocos de gelo avistados, mas sim a própria Antártica. Um continente inteiro congelado.
Ao se aproximar de uma das baías de entrada, o céu antes carregado de nuvens acinzentadas foi se abrindo, o Sol deu as caras e o azul passou a ganhar vida sobre o navio. Os raios de luz batiam nas calotas polares e no mar, refletindo por todos os lados e nas vistas maravilhadas de todos que acompanhavam todo este cenário. Enquanto entrávamos, grupos de baleias apareciam por diferentes lados, quase como se estivessem escoltando a nossa chegada.

Os primeiros minutos deste espetáculo viraram horas. Para qual lado olhar? Tudo é tão lindo, tão diferente do que a gente está acostumado. Cada montanha, cada iceberg, cada camada de gelo, todas desenhadas de maneira única, como verdadeiras obras de arte. Bem-vindos à Antártica.
Por aqui, durante o verão, já logo percebi que a noite não existe. Quando deu meia-noite no relógio, o céu estava pintado de várias cores, como uma tela se unindo ao mar, às montanhas, ao gelo e às nuvens. Não dá vontade de ir dormir, apenas contemplar o que a natureza nos dá.
Veja as fotos da chegada da HX Expedition na Antártica:
A PANROTAS viaja a convite da Discover Cruises com proteção GTA.