HX Expedition, parte 6: sentindo na pele o que é a Antártica com a Discover Cruises; fotos
Aventuras com a Discover Cruises tiveram muito frio, vento e até mergulho na água gelada
MS ROALD AMUNDSEN – O processo de aclimatação à Antártica acontece aos poucos durante a HX Expedition, em etapas. Primeiro entramos por suas baías e descemos para explorar suas águas em botes, depois pisamos no continente pela primeira vez em um dia ensolarado, mas agora chegou a hora de encarar um verdadeiro clima antártico. Muita, mas muita neve, e um mergulho do mais gelado.
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Em busca de uma região para a segunda descida em solo dos passageiros, o MS Roald Amundsen escolheu Portal Point, um local histórico relacionado às primeiras explorações do continente, para fazê-la. Seu nome foi dado pelos ingleses ainda nos anos 1950, sendo considerado um verdadeiro portão de entrada para explorações que tinham como destino o Planalto Antártico.

E se na primeira descida da expedição o calor tomou conta ao longo da caminhada, na segunda ele não teve nenhum espaço. Nevando muito, desembarcamos na região para ter a sensação real do que é estar na Antártica. E olha que estamos apenas na pontinha do continente, e durante o verão.
Como sempre, a HX Expedition garante a segurança do local para a atividade previamente, além de emprestar equipamentos necessários, como bastões de caminhada especiais para a neve em diferentes tamanhos. Durante o percurso eles se mostraram fundamentais para manter o equilíbrio, assim como as botas fornecidas no início da viagem. Apesar de uma escorregadinha ou outra, não vi ninguém cair, mesmo com muitas pessoas de idade mais avançada no grupo.

Por cerca de uma hora e meia, tivemos a chance de andar por um cenário inóspito, daqueles que normalmente só vemos em filmes, e sentimos na pele um pouquinho do que a neve e o vento são capazes. Aqui, além das camadas de roupas, óculos e proteções para o rosto também foram necessárias.
Ao longo do trajeto, com subidas e descidas, as condições climáticas foram mudando, assim como as paisagens percebidas pelos olhos. Aos poucos, a névoa se dissipou, revelando centenas de icebergs ao nosso redor e o MS Roald Amundsen lá ao fundo. Realmente, a equipe da HX escolheu bem a parada.
Um mergulho na Antártica
No dia seguinte, com o Sol brilhando novamente no céu, navegamos até as chamadas Melchior Islands para uma atividade muito tradicional nestes tipos de expedição: o mergulho nas águas geladas. Durante a manhã, como é obrigatório antes de qualquer atividade ao ar livre, instruções foram passadas a todos que estavam interessados em participar dessa maluquice. E confesso que não era o momento que eu mais ansiava desta viagem, mas vamos lá!

O mergulho, chamado de "Plunge", costuma ser feito de duas maneiras, ou pulando diretamente do navio ou, como no nosso caso, indo até a uma plataforma montada entre dois botes do tipo Zodiac, onde as águas estavam mais estáveis. Vestidos apenas com roupas que agilizem o processo para todos, ou seja, poucas, deixamos o navio em direção ao meio da baía. Um por vez, com coletes salva-vidas e uma corda de segurança presa na cintura, os corajosos foram pulando. Chegou a minha vez, e sem pensar muito, só fui. Tchibum.
Com a temperatura abaixo de zero, a água provoca uma reação imediata ao corpo humano. É como se todo o foco passasse a ser sobreviver. O cérebro parece desligar por um segundo, mas logo passa, e na volta ao barco a sensação é de renascer. Saí da água me sentindo mais vivo do que nunca, com toda a energia, querendo viver.

O período pós-mergulho foi mais fácil do que o anterior a ele. Imediatamente te dão toalhas para se secar e as roupas são novamente colocadas. Já no navio, é a melhor hora para aproveitar a jacuzzi e a sauna. É preciso voltar a se esquentar. Ao chegar à minha cabine, um “certificado de bravura” estava me esperando, registrando onde, quando e a que temperatura foi realizado o plunge.
Ainda no mesmo dia, realizamos mais uma saída de bote para explorar a região, e encontramos dezenas de pinguins pelo caminho. Desta vez, além da espécie gentoo, vimos os de barbicha. Vários grupinhos nadando ou interagindo sobre as rochas. Foi também quando encontramos focas pela primeira vez.
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