Artur Luiz Andrade   |   03/05/2021 15:16   |   Atualizada em 03/05/2021 23:12

Crise fecha 5 lojas CVC de uma vez na capital paulista

Fernando Paulo disse que não consegue esperar a retomada do fim do ano e teve de fechar as unidades CVC

Arquivo pessoal
Fernando Paulo
Fernando Paulo

Foram 35 anos na CVC, primeiro na área de vendas, com Valter Patriani, e depois como franqueado. Mas a crise deflagrada pela pandemia fez com que Fernando Paulo tomasse uma decisão drástica: fechou suas cinco lojas na capital paulista na última sexta-feira, 30 de abril. Todas em shoppings (Cidade de São Paulo, Metrô Santa Cruz, Tucuruvi, Plaza Sul e Campo Limpo).

Segundo ele, as despesas estavam muito altas e a pouca venda não cobria os custos. “Segurei por mais de um ano, com uma reserva que tinha, cheguei a pegar dinheiro em banco, mas os custos de ter uma CVC em shopping são muito altos. Ficamos pelo menos cinco meses fechados em 2020. Infelizmente tive de encerrar meu ciclo na CVC dessa forma”, disse ele ao Portal PANROTAS.

Paulo diz que o Turismo já vinha de um 2019 cheio de percalços, com a quebra da Avianca, o óleo nas praias do Nordeste, dólar alto e os problemas com os 737-MAX da Gol. A pandemia só atrapalhou tudo ainda mais. “Uma crise como nunca vimos. Nem com a quebra da Soletur, nem o 11 de setembro, nem o Plano Collor”, disse ele, que com o fechamento teve de demitir 32 colaboradores.

“A pandemia está pressionando o modelo de negócios de loja em shopping. As pessoas viram que comprar na internet é possível e isso não tem volta. Nosso trabalho nos últimos meses é só remarcação, não tive como aguentar mais. As perspectivas de retomada são só para o fim do ano ou 2022, não tenho como esperar”, analisou.

Fernando Paulo agradece e disse que foi um privilégio trabalhar com nomes como Patriani, Guilherme e Luiza Paulus, Claiton Armelin, Emerson Belan, Luiz Fernando Fogaça e Luiz Eduardo Falco, “entre tantos outros que me ajudaram muito”.

O empresário disse que vai terminar os trâmites operacionais e burocráticos do fechamento das lojas e só depois pensar no que vai fazer, dentro ou fora do Turismo.

No mês passado, o master-franqueado Arley Silva, também deu adeus à CVC.

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