Rodrigo Vieira   |   17/12/2021 13:20 Atualizada em 17/12/2021 13:21

Abav e Unav defendem agentes após erro de jornalista da TV Record

Ninguém precisa de uma agência como intermediário da venda, disse a jornalista Mariana Godoy


Reprodução/Instagram @falabrasil

A Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav Nacional) e a União das Agências de Viagens (Unav) se manifestaram após a jornalista Mariana Godoy, no programa Fala Brasil (TV Record), indicar que os consumidores comprem passagens diretamente nos sites da companhia aérea. A matéria era sobre golpe com passagens aéreas.

Na ocasião, a comunicadora disse em rede nacional que "ninguém precisa de uma agência como intermediário da venda". Magda Nassar, presidente da Abav Nacional, e Inês Melo, líder da Unav, defenderam a atividade. A Abav Nacional pediu retratação, que foi dada pela TV Record, na edição seguinte do mesmo programa, com aparição de Magda.

PANROTAS / Emerson Souza
Magda Nassar, presidente da Abav Expo
Magda Nassar, presidente da Abav Expo
"Para saber como confiar em uma agência de viagens é importante olhar se ela tem Cadastur, a que associações ela pertence, quantos anos tem de mercado, qual tipo de atendimento ela tem, se on-line, presencial, ambos, quais são seus tipos de clientes, comentários, reputação da empresa", entre outros, recomendou Magda, que ainda relembrou da importância dos agentes no período de repatriação de brasileiros quando as fronteiras se fecharam mundo agora por conta da pandemia de covid-19.

"Quem trouxe os brasileiros de volta para casa foram os agentes de viagens. As pessoas que compraram diretamente não sabiam fazer isso por conta própria. Além disso, o agente vai montar seu roteiro, oferecer as melhores opções e muito mais. E em período de pandemia, as regras mudam a cada minuto e só o agente de viagens tem isso na ponta da língua o tempo todo."



Inês Melo, da Unav, foi além e disse que a fala de Mariana Godoy simboliza o desafio que é ser agente de viagens no Brasil.

"Gostaríamos de ressaltar os desafios enfrentados pelas agências de viagens. Um dos principais é a falta de conhecimento dos serviços prestados pelas agências. A afirmação da apresentadora evidencia a ausência desse conhecimento", aponta Inês.

PANROTAS / Emerson Souza
Inês Melo, da Unav
Inês Melo, da Unav
Ainda segundo a líder da Unav, outro erro cometido por Mariana Godoy foi implicar que se o preço é baixo, há algo errado. "Não necessariamente. Basta lembrar algumas promoções como a da Aeromexico, em novembro 2013, com passagens aéreas ida e volta de S. Paulo a Orlando por R$ 386,10. E em março desse ano, American Airlines para NYC ida e volta em classe executiva por R$ 2.900 (arredondados para cima). E os cruzeiros para o Caribe por US$ 300. Para o Alaska por US$ 400. Preços realmente baixos, embora raros, existem. E como o consumidor faz para ficar sabendo deles? Se cadastra em todas as empresas do Turismo e é inundado por mensagens? Ou se cadastra com uma agência de viagens que vai direcionar apenas as mensagens adequadas ao seu perfil?", questiona.

E continua: "todos esses erros jogam luz sobre o trabalho que cada agência, cada entidade, cada organização de alguma forma ligada ao agenciamento de viagens, tem pela frente no sentido de esclarecer, divulgar e orientar o público sobre o que fazemos, como fazemos e o valor que oferecemos. Passada a reação inicial, vamos arregaçar as mangas e trabalhar juntos?", conclui.

Tópicos relacionados