Artur Luiz Andrade   |   27/09/2024 09:28
Atualizada em 27/09/2024 10:01

Para atrair agências para a CVC, Godinho aposta na força do modelo figital

CEO da companhia acredita que de 1 mil a 1,5 mil agências poderão virar uma franquia CVC

PANROTAS / Emerson Souza
Rodrigo Galvão, Daniel Almeida, Fabio Godinho, Fabio Mader, Paula Rorato, Humberto Sato, Valeria Montes e Rogério Mendes, na Abav Expo 2024
Rodrigo Galvão, Daniel Almeida, Fabio Godinho, Fabio Mader, Paula Rorato, Humberto Sato, Valeria Montes e Rogério Mendes, na Abav Expo 2024

O CEO da CVC Corp, Fábio Godinho, esteve na Abav Expo no primeiro dia da feira, em Brasília, e falou sobre alguns planos da companhia para os próximos anos, depois de ter concluído com sucesso a primeira fase da recuperação da empresa,como explicou em entrevista à PANROTAS há duas semanas. A frase “a CVC está salva, agora é planejar os próximos 50 anos”, dita na entrevista, repercutiu bastante no trade.

Às vésperas de iniciar o planejamento da CVC Corp, em parceria com a Integration, com a definição dos planos para o período de 2025 a 2027, Godinho voltou a falar com a PANROTAS sobre algumas prioridades. Aliás, é por causa da primeira reunião de planejamento com a Integration, hoje, em São Paulo, que ele não estará no segundo dia da Abav Expo.

Na entrevista de ontem à PANROTAS, Fabio Godinho já adiantou que uma das prioridades na nova fase de expansão da CVC Corp será a conversão de agências de viagens multimarcas em franquias da CVC.

“É claro que uma agência de viagens pode ser independente, trilhar um caminho sozinha. Mas com os desafios que o mercado apresenta atualmente e com as previsões do que vem por aí, faz mais sentido e será muito mais fácil obter o sucesso e a sustentabilidade do negócio com a estrutura da CVC Corp, que oferece de tecnologia a condições e produtos exclusivos”, explicou.

Fabio Godinho, CEO da CVC Corp
PANROTAS / Emerson Souza
O CEO da CVC Corp, Fabio Godinho
O CEO da CVC Corp, Fabio Godinho

Entre os desafios para o setor de agenciamento, Godinho destaca:

  • Aumento da venda direta pelos fornecedores, uma tendência, que, segundo ele, não tem como frear, e por isso as agências precisam se preparar, ter diferenciais bem claros para os clientes;
  • Investimentos em tecnologia para falar com o cliente onde quer que ele esteja (multicanalidade), para usar a inteligência artificial como aliada, para ter todos os produtos conectados;
  • Investimentos em marketing em todos os canais, algo muito caro e que exige uma inteligência de mercado e de tecnologia para brigar com os grandes players digitais;
  • Aumento da atuação de grandes grupos digitais (OTAs);
  • Os desafios da ominicanalidade.

Para o CEO da CVC Corp, a conversão de uma agência multimarcas em loja CVC seria a grande solução. Não a única, mas uma que está em um momento de ascendência, especialmente com os investimentos feitos no modelo figital, em que a relação com o consumidor começa no digital, passa pelo contato e filtro da inteligência artificial e termina no atendimento humanizado e personalizado do vendedor. Entre outras variações, pois o consumidor hoje transita entre os dois mundos (off e on-line) de diversas formas.

“A CVC não está mais nessa briga do off-line com o on-line, estamos acima disso. Somos a única empresa de Turismo no Brasil que pode proporcionar essa experiência figital ao consumidor, dentro de uma estrutura de omnicanalidade. A nossa IA analisa os leads que vêm do digital, responde a essas buscas e pedidos, encaminha para os vendedores adequados, resgata o contato em casos de desistências e aumenta a performance das lojas no final”, explica ele.

PANROTAS / Emerson Souza
Hugo Lagares (Visual), Fabio Mader (Produtos e Pricing), Fabio Godinho, Marvio Mansur (Rextir Advance) e Bruno Heleno (Trend)
Hugo Lagares (Visual), Fabio Mader (Produtos e Pricing), Fabio Godinho, Marvio Mansur (Rextir Advance) e Bruno Heleno (Trend)

Godinho aproveita e lista algumas das principais vantagens de uma agência de viagens migrar e aderir à franquia CVC:

  1. O investimento no mundo figital (físico +a digital) - "Só com a CVC as agências conseguirão ser figital e mais competitivas no mercado. A ominicanalidade exige um aparato tecnológico e humano que a CVC já tem";
  2. O fato de a CVC ter 1,2 mil agências de viagens com sua marca – ou seja, quando a Ivete Sangalo fala “compre na CVC”, ela está dizendo “compre em uma agência de viagens e não em uma OTA, em uma empresa digital”;
  3. Os produtos exclusivos CVC, que garantem preços negociados com centenas de fornecedores, fretamentos, bloqueios e parcerias únicas. A meta para 2025 é que do total de vendas da CVC Operadora, 30% venha desses produtos exclusivos. O programa de Parceiros Preferenciais também entra nessa conta, ao possibilitar comissão dinâmica e vantagens exclusivas aos vendedores CVC;
  4. Financiamento alternativo, saindo da opção óbvia do cartão de crédito;
  5. Investimento em mídia on-line e off-line, e Godinho promete para 2025 o maior ano de investimentos em mídia pela CVC;
  6. O momento da CVC Corp, já tendo recuperado seus índices, voltar a gerar caixa, bater recorde de abertura de lojas, entre outros indicadores.
  7. A variedade de formatos de lojas é outro trunfo da CVC para conquistar entre 1 mil e 1,5 mil agências de viagens multimarcas, na projeção de Godinho. A CVC lançou nos últimos meses as opções de lojas light, modulares ou em formato de quiosques, o que facilita as opções de investimento e consegue chegar em cidades menores de todo o Brasil.

Próximos anos

E o que esperar dos próximos três anos? As reuniões de planejamento começam hoje e Godinho diz que o novo ciclo reforçará as forças da CVC Corp, fazendo o modelo evoluir, e incorporará novidades e negócios que façam sentido dentro da estratégia da companhia. “Não será nada disruptivo. A palavra é evolução, olhar para os próximos 50 anos”, diz ele.

O CEO da CVC Corp também diz que haverá ajustes na estrutura organizacional, para se encaixar na nova realidade de mercado. É o que ele chama de plano tático, para colocar em prática o plano estratégico. Um terceiro pilar será o plano financeiro, para programar a saúde financeira da companhia para os próximos anos.



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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.