Victor Fernandes   |   08/03/2018 10:36

El Al Israel briga para voltar a sobrevoar Arábia Saudita

O direito de sobrevoar a Arábia Saudita reduziria o tempo dos voos e os custos de operação da aérea israelense

Reprodução/Facebook
A El Al Israel Airlines solicitou ajuda aos reguladores da aviação global para que volte a ter o direito de sobrevoar a Arábia Saudita, o que reduziria o tempo dos voos e os custos de operação. As informações são da Bloomberg.

"A Arábia Saudita violaria os regulamentos sancionados pela ONU se permitir que os aviões indianos a caminho de Israel voe sobre o seu espaço aéreo sem conceder o mesmo acesso às transportadoras israelenses", afirmou o CEO da aérea israelense, Gonen Usishkin, em carta para o presidente da Organização de Aviação Civil Internacional, Olumuyiwa Benard Aliu.

A aprovação unilateral seria discriminatória por parte das autoridades sauditas, que não forneceriam o mesmo acesso a El Al "unicamente" por ser "uma companhia aérea israelense", disse Usishkin. Israel não tem relações oficiais com muitos dos vizinhos do Oriente Médio, incluindo a Arábia Saudita.

Ushishkin pediu que a OACI "agisse de acordo com sua autoridade e responsabilidades em relação à Arábia Saudita, para obter permissão para El Al para sobrevoar o país".

A Air India deve iniciar voos diretos para Tel Aviv na próxima semana, escreveu Usishkin, depois de receber os direitos de aterragem da Autoridade de Aeroportos de Israel. Essa seria uma "vantagem injusta sobre a El Al", que opera voos com uma rota tortuosa e, portanto, mais dispendiosa. A rota direta é importante para o turismo e o comércio entre Israel e a Índia, mas nas atuais condições a aérea israelense pode ser prejudicada.

Previamente, Usishkin se voltou para IATA em busca da mesma ajuda, informou a Reuters na semana passada, embora a entidade não tenha autoridade para penalizar os países por violarem os regulamentos globais.

A Autoridade Geral da Aviação Civil da Arábia Saudita e a OACI ainda não responderam aos pedidos de comentários sobre o assunto.


*Fonte: Bloomberg

conteúdo original: https://bloom.bg/2FZc0fP

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