Governo holandês concede financiamento bilionário à KLM
Aporte chega para atenuar os efeitos da crise do coronavírus na aérea holandesa.
Junto com os 7 bilhões de euros do suporte concedido pelo governo francês à Air France, o suporte total ao Grupo Air France-KLM atingiu 10,4 bilhões de euros.

O CEO do Grupo Air France-KLM, Benjamin Smith, reforça os agradecimentos e classifica o aporte como estratégico para o momento. "Graças ao apoio dos Estados holandês e francês, estou certo de que o Grupo Air France-KLM emergirá mais forte do que nunca antes da crise", completa.
O financiamento garante que a KLM possa continuar suas atividades e que a posição da empresa seja fortalecida no futuro. As condições impostas pelo Estado holandês ao pacote de financiamento referem-se a todo o Grupo KLM e incluem termos de emprego de todos os funcionários, remuneração variável da administração e da alta administração, reestruturação, dividendo, governança, qualidade da malha aérea, sustentabilidade e habitabilidade.
Ainda como desdobramento do acordo, a companhia aérea holandesa concordou com a estruturação de um pacote de financiamento para garantir liquidez. A medida e as condições sob as quais este pacote é fornecido estão sujeitos à aprovação do parlamento naquele país. O pacote de financiamento também deve ser aprovado pela Comissão Europeia no âmbito do quadro temporário para medidas de auxílio estatal introduzido no contexto do covid-19.
Uma vez obtida essa aprovação, a KLM consultará os sindicatos para elaborar e detalhar em conjunto as condições que o governo impõe às condições de emprego dos funcionários.
O pacote de financiamento consiste em:
- Uma linha de crédito rotativo garantida em 90% pelo Estado, no valor de 2,4 bilhões de euros, com vencimento em cinco anos. O mecanismo é concedido por 11 bancos, dos quais três bancos holandeses e oito bancos estrangeiros.
- Um empréstimo estatal direto de 1 bilhão de euros e um prazo superior a cinco anos para liquidação. O empréstimo, concedido pelo Estado holandês, será subordinado à linha de crédito rotativo.
Após a conclusão do processo parlamentar, o primeiro saque de 665 milhões de euros da nova linha de crédito rotativo será usado para reembolsar e encerrar a linha de crédito rotativo existente sacada em 19 de março de 2020. Nesse momento, a KLM também deve retirar um montante proporcional (277 milhões de euros) do empréstimo direto do Estado. As retiradas seguintes, tanto na linha de crédito rotativo quanto no empréstimo direto do Estado, só são possíveis se forem atendidas as condições impostas pelo Estado.
A KLM, portanto, elaborará um plano de reestruturação que atenda a essas condições e determine o caminho para a recuperação pós-covid-19. O plano também tem como objetivo revisar as atividades atuais da companhia adaptando sua operação à realidade econômica alterada.