Artur Luiz Andrade   |   08/08/2020 13:05   |   Atualizada em 08/08/2020 13:08

Diretor da American Airlines, Alexandre Cavalcanti explica retomada

São Paulo-Miami será diário a partir de 19 de agosto e em outubro voltam mais 4 rotas

Divulgação/AA
Time da American em GRU antes do embarque do São Paulo-Miami. À frente, a gerente da AA no aeroporto, Suzana Yeh, com José Roberto Trinca, diretor de Vendas que deixa a companhia este mês, depois de 30 anos, e Alexandre Cavalcanti, novo diretor Brasil, e há 21 anos na empresa
Time da American em GRU antes do embarque do São Paulo-Miami. À frente, a gerente da AA no aeroporto, Suzana Yeh, com José Roberto Trinca, diretor de Vendas que deixa a companhia este mês, depois de 30 anos, e Alexandre Cavalcanti, novo diretor Brasil, e há 21 anos na empresa
A American Airlines voltou a voar para o Brasil nesta sexta-feira, 7 de agosto, com duas ligações semanais entre Miami e São Paulo. Ligação que já será diária a partir de 19 de agosto, com o 777-300 em quatro classes: primeira, executiva, premium economy e economy.

Para o diretor Brasil, Alexandre Cavalcanti, esse retorno é um marco a ser celebrado. “Completamos em 2020 30 anos no Brasil e somos profundos conhecedores, além de comprometidos com o mercado a longo prazo”, disse ao Portal PANROTAS.

Cavalcanti foi pessoalmente ao GRU Airport acompanhar a retomada dos voos e afirma que voar é seguro. “Com todos os protocolos e cuidados implantados, com o serviço desenhado pela empresa, e com as novas tecnologias, do check-in ao entretenimento, estamos muito bem posicionados para essa volta”, afirmou.

RECOMENDAÇÕES
As principais mudanças são no estímulo aos processos toucheless (sem contato), a obrigatoriedade do uso de máscara pelos passageiros durante todo o voo, e o distanciamento social em embarques e desembarques, além de álcool gel disponível a bordo. A higiene e limpeza foram intensificados, seguindo os novos protocolos da indústria, que incluem os filtros HEPA do sistema de ar condicionado.

Não há recomendação para se chegar mais cedo para o embarque e nem houve mudança nas regras de bagagem de mão. “Os agentes no portão de embarque têm autonomia para mudar os passageiros de lugar, havendo disponibilidade”, conta ele.

Divulgação/AA
Trinca e Cavalcanti no hangar da American Airlines em Guarulhos
Trinca e Cavalcanti no hangar da American Airlines em Guarulhos
VENDAS

A American também continua com sua política flexível para remarcações das viagens, pois ainda há restrições para o embarque aos Estados Unidos.

Mesmo com as restrições para passageiros brasileiros, a American tem visto as reservas aumentando semana a semana. “No momento é o fluxo de brasileiros com dupla cidadania, quem tem residência em Miami, por exemplo, e quem está indo ou vindo visitar parentes. Mas já há vendas de lazer para o final do ano, aproveitando que as tarifas estão menos da metade do final de 2019 e cerca de 40% menores em relação à baixa estação do ano passado”, conta ele.

A volta de estudantes para os Estados Unidos e a expectativa de fim das restrições também têm levado os brasileiros a apostar nas oportunidades das tarifas mais baixas.

Divulgação/AA
José Roberto Trinca, Suzana Yeh e Alexandre Cavalcanti
José Roberto Trinca, Suzana Yeh e Alexandre Cavalcanti

PRÓXIMOS VOOS

Depois do São Paulo-Miami virar diário em 19 de agosto, a American retomará outras rotas para os Estados Unidos e Cavalcanti destaca que há flexibilidade para ajustar a oferta de acordo com a demanda – colocando mais aviões ou diminuindo alguma frequência.

Mas por enquanto, o previsto é retomar as seguintes operações em 25 de outubro:
São Paulo-Nova York, diário, com o 777-300.
São Paulo-Dallas, 4 vezes por semana, com o 787.
Manaus-Miami, 5 vezes por semana, com o A319.
Rio de Janeiro-Miami, diário, com o 777-200.

Miami, Orlando e Nova York são historicamente os destinos mais buscados pelo brasileiro com a AA, por isso a escolha do retorno dessa forma, lembrando que a empresa cancelou as ligações São Paulo-Los Angeles (LAX vai virar um hub doméstico da companhia) e Brasília-Miami (há a possibilidade de um codeshare com a Gol, quando a brasileira retome essa operação).

“Também estamos vendo uma demanda por Caribe nesse momento, devido ao desejo de férias na praia e de lazer sem aglomeração e com natureza”, revelou o diretor da AA, que também comemorouo fim das restrições de não viajar ("DO NOT TRAVEL") do governo americano.

EQUIPE MENOR
Os funcionários da American Airlines ainda estão trabalhando de casa, mas em contato direto com clientes, ajudando-os com treinamentos, negociações e educação em relação a produtos e protocolos. A previsão é de retorno aos escritórios físicos em setembro. “Já temos todos os protocolos, mas vamos retornar com cautela, cuidando da saúde dos colaboradores”, afirma Alexandre Cavalcanti.

Ele está no meio do processo de reestruturação da equipe comercial, e 12 funcionários tiveram de ser desligados. Alguns tinham outros planos e se voluntariaram para sair. O Portal PANROTAS apurou que entre os que saíram estão Simone Kruger, Jurandir Tavares, Fernando Magrin, Monica Fonseca e Ana Paula Araújo, em São Paulo, além de outros no Rio e em Brasília. O diretor também está mudando a divisão de atendimento de contas, optando mais por canais e expertise do executivo, e não pelo fator regional.

Esse processo passará por alguns testes, mas Cavalcanti já definiu que alguns canais ficarão diretamente com ele, como o corporativo e o de operadoras/cruzeiros e grandes contas. Em breve ele anunciará o novo desenho ao mercado, originado também pela futura saída de Dilson Verçosa e José Roberto Trinca da companhia.

Emerson Souza
Alexandre Cavalcanti, diretor da American Airlines
Alexandre Cavalcanti, diretor da American Airlines
Alexandre Cavalcanti está há 21 anos na American, já dirigiu a base Rio, teve experiências fora e sucedeu Dilson Verçosa em 2019. Verçosa está em fase de transição como diretor América do Sul, antes de deixar a companhia em 2021, quando se aposenta; e José Roberto Trinca, diretor São Paulo/Sul, também deixa a empresa nas próximas semanas, depois de 30 anos.

Cavalcanti se mostra otimista com essa retomada e seguro das medidas tomadas e da proximidade da American com o trade. “Vamos estimular a demanda ao lado dos agentes de viagens. Acho que nosso momento está muito bem definido com o novo slogan de nossa campanha: você é a razão por que voamos”, finaliza.

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