Rodrigo Vieira   |   09/11/2021 09:57   |   Atualizada em 09/11/2021 10:02

Principais índices da Gol atingem 50% do pré-pandemia

Aérea atribui o avanço da vacina como crucial para a alta na demanda de viajantes aéreos


Divulgação/Gol
Gol Boeing 737 Max 8
Gol Boeing 737 Max 8

O volume de decolagens da Gol Linhas Aéreas alcançou 53% dos níveis pré-pandemia no terceiro trimestre deste ano (ou seja, ante o mesmo período de 2019), uma alta de 87,3% na comparação com o ano passado. A companhia atribui o crescimento ao avanço da taxa de vacinação no País. (Veja os resultados na íntegra ao fim desta nota).

RECEITA LÍQUIDA
A aérea transportou 4,9 milhões de passageiros no trimestre, alta de 91,7% ante o mesmo período do ano passado, mas ainda 48,5% menos do que o terceiro trimestre de 2019. A receita líquida da companhia foi de R$ 1,9 bilhão, queda de 49,5% na comparação com o 3T19, mas quase o dobro do 3T20.

A Receita Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (RASK) foi de 26,31 centavos (R$), aumento de 7,7% em relação ao 3T20. A Receita de Passageiros Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (PRASK) foi 24,28 centavos (R$), aumento de 10,3% em relação ao 3T20.

A demanda é crescente e, em resposta a essa alta, a Gol está expandindo sua malha aérea, retomando os destinos regionais e atendendo novos mercados considerados de grande potencial, como a nova rota de Congonhas (SP) para Bonito (MS) a partir de dezembro.

"Nesse trimestre colocamos em prática um conjunto de iniciativas estratégicas que fortalecem nossa posição de mercado, à medida que a demanda por viagens continua crescendo, a taxa de vacinação se expande e as fronteiras internacionais reabrem", afirma o presidente da Gol, Paulo Kakinoff. "Vemos crescimento nas vendas até o final do ano, e estamos confiantes de que essa tendência continuará em 2022."

Ele afirma que a Gol está seguindo uma abordagem disciplinada na gestão, o que possibilitará a companhia a manter altas taxas em suas rotas domésticas e internacionais. "Ao mesmo tempo, o modelo flexível de gestão de frota da Gol e a administração prudente do fluxo de caixa, combinados com a dedicação de nosso Time de Águias, propiciarão nossa ágil adaptação às condições de mercado conforme necessário."

Neste mês, a Gol retomará os voos para Montevidéu, Cancún e Punta Cana, e, em dezembro, os voos para Buenos Aires. Por meio da parceria ampliada com a Avianca, a Gol agora oferece oito novos destinos internacionais em sua malha por meio de Acordo de Interline: Aruba (AUA), Guatemala (GUA), Guayaquil (GYE), Quito (UIO), San José (SJO), San Juan (SJU), San Salvador (SAL) e Santo Domingo (SDQ).

ACELERAÇÃO DA TRANSIÇÃO PARA A FROTA MAX
A Gol aponta que acelerou a transformação de sua frota ao firmar acordos para 28 aeronaves adicionais Boeing 737 MAX-8, que substituirão 23 B 737-800 NGs até o final de 2022. É esperado que essa troca reduza os custos da companhia em 8% no ano que vem.

Atualmente, a frota da Gol conta com 129 aeronaves Boeing 737 sendo 91 737-800s, 23 737-700s e 15 aeronaves MAX-8. Ao final de 2022, a Gol espera ter 44 aeronaves 737 MAX-8 (32% da frota total). Com os compromissos atuais de compra, a companhia cumprirá sua meta de possuir 75% de sua frota em aeronaves 737 MAX até 2030.

INCORPORAÇÃO DA SMILES
Com a conclusão da incorporação de Smiles na GLA, diversas sinergias operacionais e financeiras serão capturadas, bem como novas oportunidades de geração de receita que se tornarão ainda mais significativas durante a fase de recuperação do mercado de transporte aéreo para viajantes a lazer e a negócios.

"Estamos otimistas de que as sinergias dessa reorganização societária, e os benefícios subsequentes para nossos acionistas, serão capturados em um período de tempo relativamente curto uma vez que a companhia concluiu todas as integrações necessárias ao mesmo tempo que preserva as características ágeis e independentes de gestão do programa de fidelidade", afirma o presidente da Smiles, André Fehlauer.

A conclusão da incorporação societária da Smiles, concluída em setembro/2021, permitiu que a Companhia acessasse mais de R$ 500 milhões de liquidez proveniente da geração de caixa operacional e recebíveis da Smiles com crescimento no volume de operações, beneficiando o programa de fidelidade pelo acesso ao maior inventário de assentos para resgate de milhas e eliminando, também, as ineficiências tributárias.

No terceiro trimestre, os resultados do programa de milhagem da Companhia apresentaram maior atividade no mercado doméstico, com faturamento de R$ 624,2 milhões, 38,6% maior comparando-se com o 3T20 e apenas 1,5% menor em relação ao 3T19. O resgate de Milhas foi de 29 bilhões, 73,6% maior comparando-se com o 3T20 e 10,7% maior que o 3T19. A receita do resgate de Milhas foi de R$ 637,7 milhões, 65,8% maior em relação ao mesmo período no ano anterior, e maior em 7,0% em relação ao 3T19.

O saldo de receita diferida foi de R$ 2,1 bilhões no trimestre, aumento de 1,1% em relação ao 3T20 e de 25,4% quando comparado com o 3T19.

CONFIRA OS RESULTADOS NA ÍNTEGRA:


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