Governo dos EUA ordena que Delta e Aeroméxico encerrem joint venture
Trump também alertou que poderá tomar medidas contra países europeus por causa de limitações em aeroportos

O Departamento de Transportes dos Estados Unidos (DOT) publicou, nessa segunda-feira (15), a Final Order 2025-9-8, determinando o fim da joint venture entre Delta Air Lines e Aeroméxico. A decisão inclui a revogação da imunidade antitruste concedida às companhias e passa a valer em 1º de janeiro de 2026.
Em comunicado oficial, a Delta lamentou a decisão e reforçou que, até lá, todos os voos seguem sendo operados normalmente, sem alterações para os passageiros.
“Estamos desapontados que o DOT tenha escolhido encerrar sua aprovação da parceria estratégica e pró-competitiva entre Delta e Aeroméxico, decisão que causará impactos significativos em empregos nos EUA, comunidades e consumidores que viajam entre os dois países. Estamos analisando a ordem do Departamento e considerando os próximos passos"
Delta Air Lines, em comunicado oficial
O Departamento de Transportes dos EUA já tinha proposto, em julho, o fim da joint venture, que já durava quase nove anos, como parte de uma série de ações voltadas para a aviação mexicana, depois que o departamento, sob o presidente Joe Biden, declarou em janeiro de 2024 que estava considerando encerrá-la.

O governo de Trump também alertou que poderá tomar medidas contra países europeus por causa das limitações em aeroportos. O DOT afirmou que o fim da joint venture "é necessário devido aos atuais efeitos anticompetitivos nos mercados EUA-Cidade do México, que proporcionam uma vantagem injusta à Delta e à Aeroméxico".
As companhias aéreas respondem hoje por cerca de 60% dos voos de passageiros do Aeroporto da Cidade do México para os EUA. O aeroporto é a quarta maior porta de entrada internacional de e para os Estados Unidos.