Turistas já reconsideram viagens para os EUA e regiões vizinhas se beneficiam
México, América Latina e Caribe são regiões alternativas buscadas por canadenses e europeus

Turistas estão reconsiderando viagens para os Estados Unidos, levando em conta as decisões políticas e o dólar alto. Entidades já projetam uma queda no gasto de viajantes internacionais esse ano e um número menor de turistas no país.
No início de 2025, a US Travel projetou que os gastos de turistas estrangeiros aumentariam para US$ 200,8 bilhões neste ano. No entanto, observando uma queda nas chegadas, o WTTC projetou, em maio, que os gastos dos visitantes internacionais cairiam para US$ 169 bilhões no ano.
Dados da International Trade Administration, repercutidos pela The Economist, por sua vez, já mostraram que, entre maio e julho, as chegadas aéreas internacionais caíram 5,5% em relação ao mesmo período de 2024, acumulando uma retração de 3,8% no ano (o que representa 1,3 milhão de visitantes a menos).
Países vizinhos devem se beneficiar da 'crise' nos EUA
No primeiro semestre de 2025, as chegadas de canadenses aos EUA caíram quase 18% em relação ao ano anterior, de acordo com a Administração de Comércio Internacional dos EUA. Muitos canadenses estão recorrendo a viagens domésticas, o que ajudou a elevar a taxa de ocupação hoteleira do país para 77,6% em julho, seu nível mais alto desde 2019, de acordo com a provedora de dados imobiliários CoStar.
Ainda assim, uma pesquisa da Tourism Economics destaca que turistas canadenses estão buscando também outras regiões, com destaque para México, América Latina e países do Caribe.
De acordo com a Accenture, a América Latina também está atraindo mais viajantes da Europa que buscam alternativas aos EUA. O mesmo acontece com o Caribe.
Novos corredores
As empresas de dados também estão destacando 'novos corredores' de viagens, principalmente de europeus. Eles estão viajando dentro da Europa ou para países na Ásia e Oriente Médio, segundo a Booking Holdings e Tourism Economics.
Do outro lado, os asiáticos também estão buscando viagens dentro da Ásia, pela Europa ou para Austrália/Nova Zelândia.
Dados foram repercutidos pela CNBC.