Pedro Menezes   |   06/11/2025 08:55
Atualizada em 06/11/2025 08:58

EUA reduzirão capacidade de voos em 40 aeroportos; veja lista completa e reação das aéreas

Redução afetará milhares de voos diários em todo o país, e os cortes serão proporcionais para as empresas


PANROTAS / Pedro Menezes
A FAA afirmou que considerou fatores como frequência de operação e volume de tráfego de cada transportadora
A FAA afirmou que considerou fatores como frequência de operação e volume de tráfego de cada transportadora

A Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou a redução de 10% na capacidade de voos em 40 dos principais aeroportos dos Estados Unidos, em resposta à escassez de controladores de tráfego aéreo provocada pela paralisação do governo federal, o famoso shutdown.

A decisão entra em vigor a partir da manhã desta sexta-feira (7), mas algumas restrições podem começar já nesta quinta-feira (6), segundo apurou a ABC News, que também obteve a lista completa dos aeroportos que serão obrigados a reduzir o tráfego aéreo.

Entre eles, os mais utilizados pelos brasileiros ao chegar aos Estados Unidos, como Miami, Orlando e Nova York. Sendo assim, é válido conferir o status de seu voo, principalmente aqueles de conexão, domésticos, que estão mais propensos a serem afetados pela decisão da FAA.

O administrador da FAA, Bryan Bedford, e o secretário de Transportes, Sean Duffy, afirmaram que a decisão foi tomada para “preservar a segurança do espaço aéreo nacional” diante do impacto crescente da paralisação sobre o quadro de pessoal. “Não vamos esperar que um problema de segurança se manifeste quando os indicadores já mostram a necessidade de agir agora”, disse Bedford.

A redução afetará milhares de voos diários em todo o país, e os cortes serão proporcionais entre as companhias aéreas. A FAA afirmou que considerou fatores como frequência de operação e volume de tráfego de cada transportadora. Já a Casa Branca confirmou que o presidente Donald Trump já foi informado da decisão.

Lista de aeroportos afetados

A ABC News obteve com exclusividade a lista completa dos 40 aeroportos que terão redução de 10% na capacidade de voos:

  • ANC – Anchorage International
  • ATL – Hartsfield-Jackson Atlanta International
  • BOS – Boston Logan International
  • BWI – Baltimore/Washington International
  • CLT – Charlotte Douglas International
  • CVG – Cincinnati/Northern Kentucky International
  • DAL – Dallas Love Field
  • DCA – Ronald Reagan Washington National
  • DEN – Denver International
  • DFW – Dallas/Fort Worth International
  • DTW – Detroit Metropolitan Wayne County
  • EWR – Newark Liberty International
  • FLL – Fort Lauderdale/Hollywood International
  • HNL – Honolulu International
  • HOU – Houston Hobby
  • IAD – Washington Dulles International
  • IAH – George Bush Intercontinental (Houston)
  • IND – Indianapolis International
  • JFK – New York John F. Kennedy International
  • LAS – Las Vegas Harry Reid International
  • LAX – Los Angeles International
  • LGA – New York LaGuardia
  • MCO – Orlando International
  • MDW – Chicago Midway
  • MEM – Memphis International
  • MIA – Miami International
  • MSP – Minneapolis–St. Paul International
  • OAK – Oakland International
  • ONT – Ontario International
  • ORD – Chicago O’Hare International
  • PDX – Portland International
  • PHL – Philadelphia International
  • PHX – Phoenix Sky Harbor International
  • SAN – San Diego International
  • SDF – Louisville International
  • SEA – Seattle–Tacoma International
  • SFO – San Francisco International
  • SLC – Salt Lake City International
  • TEB – Teterboro
  • TPA – Tampa International

American e United se pronunciam

Divulgação
United Airlines informou que os ajustes serão feitos de forma contínua (“rolling updates”) para oferecer aviso prévio aos clientes
United Airlines informou que os ajustes serão feitos de forma contínua (“rolling updates”) para oferecer aviso prévio aos clientes

As principais empresas aéreas dos Estados Unidos divulgaram comunicados orientando passageiros e explicando como a medida impactará suas operações. Ambas ressaltaram que segurança continua sendo a prioridade e que passageiros podem verificar o status de seus voos pelos aplicativos e sites oficiais.

A United Airlines informou que os ajustes serão feitos de forma contínua (“rolling updates”) para oferecer aviso prévio aos clientes. Segundo a empresa, voos internacionais de longa distância e ligações entre hubs não serão afetados, concentrando os cortes em voos domésticos e regionais fora de seus principais centros de conexão.

“Hoje, a FAA e o Departamento de Transportes determinaram que todas as companhias aéreas reduzam seus horários de voo durante a paralisação do governo, em 40 aeroportos domésticos. O objetivo da FAA é aliviar a pressão sobre o sistema de aviação para que possamos continuar operando com segurança. Essa é a maior prioridade da FAA — e também a nossa. Os voos internacionais de longa distância e entre hubs da United não serão afetados por essa determinação. Em vez disso, concentraremos as reduções em voos regionais e domésticos que não conectam nossos hubs. Qualquer cliente que viajar durante esse período poderá solicitar reembolso, mesmo que seu voo não seja impactado. Mesmo com essas reduções, a United e suas parceiras United Express continuarão oferecendo cerca de 4.000 voos diários para levar nossos clientes aos seus destinos"

Scott Kirby, CEO da United Airlines
Divulgação
American Airlines disse que “a grande maioria das viagens seguirá conforme planejado”
American Airlines disse que “a grande maioria das viagens seguirá conforme planejado”

A American Airlines disse que “a grande maioria das viagens seguirá conforme planejado”, e que clientes impactados serão avisados proativamente.

Comunicado da United Airlines

"A Administração Federal de Aviação (FAA) e o Departamento de Transportes (DOT) determinaram que todas as companhias aéreas, em 40 aeroportos dos Estados Unidos, reduzam significativamente seus horários de voo durante a paralisação do governo. O objetivo é aliviar a pressão sobre o sistema nacional de aviação para que todos possamos continuar operando com segurança. Essa é a maior prioridade da FAA — e também da United.

O que nossos clientes devem saber:

  • Essas reduções começarão na sexta-feira, 7 de novembro. Continuaremos fazendo atualizações graduais em nossa malha aérea para que possamos oferecer vários dias de aviso prévio.
  • Se o seu voo for impactado, você será notificado com antecedência pelo aplicativo United, nosso site ou por mensagem de texto.
  • Os voos internacionais de longa distância e os voos entre nossos hubs não serão afetados. O foco está na redução de voos regionais e domésticos que não conectam diretamente nossos centros de operações.
  • Qualquer cliente que viajar durante esse período tem direito a reembolso — mesmo que o voo não seja impactado. Isso inclui passagens não reembolsáveis e tarifas Basic Economy.

Confira o aplicativo United ou acesse united.com para as informações mais recentes sobre o seu voo"

Comunicado da American Airlines

"Devido à paralisação em curso do governo e à escassez nacional de pessoal de controle de tráfego aéreo, a FAA determinou que as companhias aéreas reduzam seus horários de voo para manter operações seguras no espaço aéreo, a partir de sexta-feira, 7 de novembro.

Esperamos que a grande maioria das viagens dos clientes prossiga conforme planejado, e entraremos em contato proativamente com os passageiros afetados à medida que as alterações de cronograma forem realizadas.

Como sempre, incentivamos todos a verificarem o status de seus voos pelo aplicativo móvel da American Airlines ou em aa.com.

A Airlines for America, associação que representa as principais companhias aéreas do país, afirmou em nota que trabalha com o governo federal “para entender todos os detalhes da nova determinação e buscar minimizar os impactos para passageiros e transportadores de carga”.

O Departamento de Transportes reforçou que a medida é temporária e será reavaliada conforme a duração da paralisação, que já começa a afetar diversos serviços públicos e operações críticas de segurança nos Estados Unidos".

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Sobre o autor

Natural do Rio de Janeiro, Pedro Menezes é bacharel em Comunicação Social/Jornalismo e atua há 12 anos na imprensa especializada em Turismo. Atualmente, é editor do maior portal brasileiro voltado a profissionais do setor, com base em São Paulo. O jornalista tem experiência em cobertura nacional e internacional de feiras, congressos e eventos, além de pautas de política e economia ligadas ao Turismo.