Victor Fernandes   |   28/07/2020 18:41

Transporte aéreo de carga continua recuperação lenta

A demanda global, medida em toneladas de carga por quilômetro, caiu 17,6% em junho comparado a 2019.

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Alexandre de Juniac, CEO da Iata
Alexandre de Juniac, CEO da Iata
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou os resultados dos mercados globais de transporte aéreo de carga de junho, que mostraram melhorias, mas em ritmo mais lento do que sugerem alguns dos principais indicadores tradicionais.

"O transporte aéreo de carga está, de longe, mais saudável do que o mercado de passageiros, mas os negócios continuam enfrentando desafios. Embora a atividade econômica esteja sendo retomada após grandes interrupções por causa da pandemia, não houve um grande aumento na demanda. A corrida para levar equipamentos de proteção individual (EPIs) aos vários mercados diminuiu com a normalização das cadeias de suprimentos, permitindo que os despachantes usem opções mais baratas, como o transporte marítimo e ferroviário. Além disso, a crise de capacidade continua por conta do ritmo mais lento na retomada das operações de passageiros", disse o diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac.
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A demanda global, medida em toneladas de carga por quilômetro (CTKs*), caiu 17,6% em junho (queda de 19,9% nas operações internacionais) em relação ao ano anterior, o que representa uma pequena melhoria em relação à queda de 20,1% registrada em maio.

A capacidade global, medida em toneladas de carga disponível por quilômetro (ACTKs), diminuiu 34,1% em junho (queda de 33,9% nas operações internacionais) em relação ao ano anterior, resultado semelhante à queda de 34,8% registrada em maio.

A capacidade de transporte de carga internacional em aeronaves de passageiros diminuiu 70% em junho em relação ao ano anterior, devido à interrupção de voos de passageiros por causa da covid-19. Isso foi parcialmente compensado pelo aumento de 32% na capacidade com o uso otimizado de aeronaves de carga.

As transportadoras da América Latina registraram queda anual de 29,4% na demanda internacional em junho - o pior desempenho entre todas as regiões. A capacidade internacional diminuiu 43,6%, indicando uma considerável redução. A pandemia apresenta desafios específicos para as companhias aéreas da América Latina devido às rigorosas medidas de bloqueio.

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