Juliana Monaco   |   02/03/2021 15:41
Atualizada em 02/03/2021 15:42

Demanda do transporte aéreo de carga atinge níveis pré-pandemia

Em janeiro, a demanda global do transporte aéreo de cargas aumentou 1,1% e atingiu os níveis pré-pandemia


Divulgação
Todas as regiões registraram uma melhora mês a mês na demanda de carga aérea
Todas as regiões registraram uma melhora mês a mês na demanda de carga aérea
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) acaba de divulgar dados globais de carga aérea referentes a janeiro de 2021, mostrando que a demanda do transporte aéreo de carga voltou aos níveis pré-pandemia pela primeira vez desde o início da crise. A demanda de janeiro também mostrou um grande crescimento mês a mês em relação aos níveis de dezembro de 2020.

A demanda global, medida em toneladas por quilômetro, aumentou 1,1% em comparação com janeiro de 2019 e 3% comparado a dezembro de 2020. Todas as regiões registraram uma melhora mês a mês na demanda de carga aérea, sendo que a América do Norte e a África tiveram o melhor desempenho. Já a capacidade global diminuiu 19,5% em relação a janeiro de 2019 e 5% comparado a dezembro de 2020, a primeira queda mensal desde abril de 2020.

"O tráfego de carga aérea voltou aos níveis anteriores à crise e essa é uma boa notícia para a economia global. Mas, embora haja uma forte demanda para o embarque de mercadoras, nossa capacidade é limitada pela falta de capacidade normalmente oferecida por aeronaves de passageiros. Isso deve ser um sinal para os governos de que eles precisam compartilhar seus planos de retomada para que o setor tenha mais clareza. Em tempos normais, um terço do comércio mundial se move por via aérea. Este cenário é vital para ajudar a restaurar as economias, sem mencionar o papel crítico que o transporte aéreo de carga está desempenhando na distribuição de vacinas", disse o diretor geral e CEO da Iata, Alexandre de Juniac.

DESEMPENHO REGIONAL


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Em janeiro, as companhias da Ásia-Pacífico viram a demanda por carga aérea cair 3,2% em comparação com o mesmo mês de 2019, o que indica uma melhora em relação ao desempenho de dezembro de 2020 (-4%). A capacidade internacional permaneceu restrita na região, registrando queda de 27% comparado a janeiro de 2019, indicando uma piora em relação à queda de 26,2% ano a ano registrada em dezembro. Já a demanda de carga internacional das transportadoras europeias caiu 0,6% em janeiro, comparado ao mesmo mês de 2019. A capacidade diminuiu 19,5%, indicando uma piora em relação ao declínio ano a ano de 18,4% registrado em dezembro.

As companhias norte-americanas registraram um aumento de 8,5% na demanda internacional em janeiro, comparado ao mesmo mês de 2019, superando o ganho de 4,4% em dezembro de 2020. A capacidade internacional caiu 8,5% em relação a janeiro de 2019 e, em dezembro, caiu 12,8% comparado ao mesmo mês de 2019. Enquanto isso, as companhias latino-americanas relataram uma queda de 16,1% nos volumes de carga internacional em janeiro, comparado ao mesmo período de 2019 - uma melhora em relação ao desempenho de dezembro de 2020 (-19%). No entanto, os impulsionadores da demanda de carga aérea na região continuam menos favoráveis do que em outras regiões. A capacidade internacional diminuiu 37% em comparação a janeiro de 2019, praticamente inalterada em relação ao declínio ano a ano de 36,7% registrado em dezembro de 2020.

A demanda de carga das companhias africanas aumentou 22,4%, em comparação ao mesmo mês de 2019, superando o aumento de 6,3% ano a ano em dezembro de 2020. A expansão nas rotas comerciais Ásia-África contribuiu para o forte crescimento. A capacidade internacional de janeiro diminuiu 9,1% em relação a janeiro de 2019, indicando uma melhora em comparação à queda de 17,8% registrada em dezembro de 2020.

Do mesmo modo, as transportadoras do Oriente Médio registraram um aumento de 6% nos volumes de carga internacional em janeiro, comparado a janeiro de 2019, indicando um aumento em relação ao ganho de 2,4% ano a ano registrado em dezembro. Das principais rotas internacionais da região, Oriente Médio-Ásia e Oriente Médio-América do Norte forneceram o aumento mais significativo. A capacidade de janeiro caiu 17,3% em comparação com o mesmo mês de 2019, uma ligeira redução em comparação com a queda de 18,2% registrada em dezembro de 2020.

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