Artur Luiz Andrade   |   11/05/2020 16:19   |   Atualizada em 12/05/2020 00:59

Lojas CVC vendem 15% de antes da crise, diz CEO da CVC Corp

Leonel Andrade se disse preocupado com a saúde financeira dos pequenos negócios do Turismo


Divulgação CVC
Leonel Andrade, CEO da CVC Corp
Leonel Andrade, CEO da CVC Corp

Em live/entrevista aosite da InfoMoney, o CEO da CVC Corp, Leonel Andrade, concordou que a empresa tem gaps em digitalização (um de seus focos), mas disse que há uma falha ainda maior na comunicação com o cliente e no monitoramento de sua jornada por completo, do planejamento à volta pra casa.

Ele disse que a CVC parece ser mais off-line do que realmente é. “As lojas físicas estão fechadas, mas estão vendendo 15% do volume de antes da crise, sinal de que conseguem se conectar remotamente”, exemplificou.

Andrade se disse preocupado com a saúde financeira dos pequenos negócios do Turismo (dos receptivos às franquias) e afirmou que a CVC Corp está ajudando no acesso a financiamentos, com um monitoramento diário de quem acessou o quê. Ele acredita que, na retomada, 80% da força de vendas das lojas (e não no número de franquias) volte a funcionar normalmente. As maiores e principais franquias estão se reorganizando.

Em entrevista ao Portal PANROTAS, no mês passado, ele disse acreditar que algumas franquias devem fechar e por isso a CVC está preparando uma plataforma para que esses profissionais consigam seguir trabalhando com a operadora e atendendo seus clientes.

Ele voltou a repetir que o mundo off-line é a fortaleza da CVC e que em quatro ou cinco anos metade das vendas virá dessas lojas, com a outra metade do mundo on-line, que em dois anos estará como ele vislumbra, incluindo novas plataformas.

OTIMISTMO PESSIMISTA
Novamente ele se mostrou conservador com relação à retomada. Vai ser lenta, começando pelo Brasil e em viagens curtas, o que favorecerá à CVC já no final deste ano. Para 2021 ele vê o retorno mais forte do corporativo, que volta a ganhar corpo em 2022. “Em 2021 ainda vai faltar renda. Vai passar (a crise), mas demora até 2023 para voltar aos níveis de negócios (de 2019)”.

“Quando todos puderem sair a procura será enorme, mas não será sustentável (por conta da falta de renda)”, analisa. O internacional e as viagens de longa distância, para ele, só voltam com força em 2022.

CAPITALIZAÇÃO
Leonel Andrade disse que a CVC Corp tem caixa para um ano sem gerar receita e a capitalização que busca no mercado é para estar pronta e forte para a retomada. Um dos focos será a antecipação de compra de hotelaria. Os investimentos na digitalização, segundo ele, não pararam, e a nova prioridade será o projeto de comunicação com clientes e precificação.

Ele promete muitas novidades nas próximas semanas sobre estrutura, marcas, plataformas e integrações, e diz que a CVC será ainda melhor depois da crise. Para os investidores, Andrade reafirmou seu lado conservador, sem correr risco com crédito (com fornecedores, clientes ou parceiros), prometeu transparência na gestão em relação à questão contábil e afirmou que só pensará em oportunidades de compras, expansão e aquisições depois da crise.

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