Artur Luiz Andrade   |   19/05/2020 11:08   |   Atualizada em 19/05/2020 11:33

Turismo lidera corte de gastos do consumidor, segundo Accenture

Setor de Viagens e Turismo sofreu impacto de 75% em seu faturamento por conta da cautela dos clientes

Estudo da Accenture que mapeou os impactos da pandemia na indústria de pagamentos pelo mundo aponta que o setor de Viagens e Turismo sofreu impacto de 75% em seu faturamento por conta da cautela dos clientes, que passaram a diminuir gastos pessoais durante o isolamento social imposto para contenção do Covid-19.

Enquanto o Turismo liderou a baixa (-75%) ? seguido por Vestuário (-66%) e Bares e Restaurantes (-60%) ? os supermercados viram seu faturamento crescer em 16%. A queda total no faturamento do varejo brasileiro no período, considerando desde o início de março até 13 de maio, é de 30,1%.

O estudo também projeta a recuperação da economia de forma distinta. Os setores de vestuário, produtos de beleza, eletrodoméstico, vendas diretas, serviços de mobilidade e serviços médicos, hoje em baixa demanda, deverão se recuperar em um ritmo mais avançado. Já os serviços de academias, eventos, Turismo, bares e restaurantes, deverão avançar um ritmo mais lento.


"O que está sendo discutido nesse período de pandemia tende a ser mais digital, colaborativo e com menos contatos pessoais. Com isso, é possível que exista uma aceleração da tendência de digitalização dos serviços bancários e de pagamentos, assim como está sendo percebido em outras indústrias, como na implementação de telemedicina e fortalecimento do ensino à distância", avalia a diretora-executiva e líder de Estratégia para Pagamentos da Accenture na América Latina, Edlayne Burr.

Neste cenário, o setor de pagamentos precisou passar por uma revisão de suas projeções. Antes da pandemia, operava-se com a expectativa de crescimento de 24% no volume financeiro transacionado em cartões para 2020. Agora, os números registram uma retração de 12% a 15% em relação ao ano anterior, com uma receita potencial não capturada que pode chegar a R$ 16 bilhões. No longo prazo, o fator covid-19 tende a acelerar e consolidar iniciativas de digitalização do dinheiro, como transações contactless (sem contato) e pagamentos instantâneos.

Divulgação


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