Vinicius Novaes   |   01/04/2021 10:51

Turismo tem os empresários mais aflitos do País

Pesquisa mostra que sentimento de angústia entre os donos de pequenos negócios tem aumentado

Pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), revelou que, com a intensificação dos impactos da pandemia na vida dos consumidores e na economia brasileira, o sentimento de angústia entre os donos de pequenos negócios tem aumentado. Os maiores índices de concentração de empresários aflitos (acima de 60%) aparecem nos segmentos de Turismo, serviços de alimentação, economia criativa, beleza, pet shops, moda e energia.

O estudo mostrou ainda que, em média, a proporção de empresários aflitos com o futuro da empresa chegou a 57%, a mais alta desde a edição da pesquisa realizada em setembro, quando 43% dos empreendedores revelaram esse sentimento. “No caso do Turismo e da economia criativa, por exemplo, existem complicadores adicionais como a questão do transporte e da grande concentração de público em locais fechados”, disse o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Divulgação
Ainda de acordo com a pesquisa, a média de empresas que funcionam da mesma forma antes do início da pandemia é de 16%, mas quando se analisam os impactos nos segmentos mais afetados esse número cai para 4% entre as empresas de Turismo, 5% de economia criativa, 6% beleza e 8% para os serviços de alimentação. A mesma regra vale quando se fala em empresas que estão com as suas atividades paradas: 40% dos negócios ligados à economia criativa estão sem funcionar e 32% dos de turismo se encontram na mesma situação.

A pesquisa ainda revela que, em média, a expectativa de uma melhora da pandemia, de acordo com os entrevistados, deve ocorrer somente daqui a 17 meses. Esse sentimento de aflição tem como uma de suas justificativas a forte queda no faturamento dessas empresas. No Turismo, 85% dos pequenos negócios relataram piora no faturamento em 2020, quando comparado com 2019. Na economia criativa, foram 84% das empresas, número bem superior à média da economia, que foi de 65% de negócios com queda no faturamento

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