Os protestos que aconteceram no Chile nos últimos meses foram as principais causas da baixa procura por passagens para o país. A informação vem da pesquisa realizada recentemente pela ForwardKeys, empresa de análise de viagens.

Antes dos protestos, as reservas de voos para o Chile haviam aumentado 5,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os dias 14 e 20 de outubro, por exemplo, esse número passou aumentou para 9,4%. Mas na semana seguinte, quando os protestos aumentaram, a queda foi de 46,1%.

Segundo o estudo, essa tendência seguiu e a diminuição nas reservas de voos caiu 55% para cada uma das quatro semanas seguintes. O vice-presidente de Insights da ForwardKeys, Olivier Ponti, afirmou também que os motivos para a queda no número de turistas no país pode ser a desvalorização do peso argentino.

“Antes dos protestos, o Chile estava indo muito bem na estratégia de atrair turistas para o país, bem melhor do que o 5,2% de crescimento registrado nos primeiros três trimestres do ano. Isso ocorre porque houve um declínio acentuado nos visitantes de um de seus principais mercados de origem, a Argentina, devido ao colapso do peso argentino”, diz o executivo.

Desde o início de 2018, o valor do peso argentino caiu mais da metade em relação ao peso chileno. O resultado, mostrou o estudo, é que as chegadas de visitantes caíram 31,1% de janeiro de 2018 a novembro deste ano.