Pedro Menezes   |   13/05/2025 15:26
Atualizada em 13/05/2025 15:42

Turismo dos EUA sofre pior retração desde a pandemia e deve perder US$ 12,5 bi em 2025

Gastos de visitantes estrangeiros no país devem cair cerca de 7% em 2025, de acordo com WTTC


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Um exemplo disso é a queda nos gastos de estrangeiros nos EUA agora em abril, a primeira dos últimos 12 meses
Um exemplo disso é a queda nos gastos de estrangeiros nos EUA agora em abril, a primeira dos últimos 12 meses

O Turismo internacional nos Estados Unidos enfrenta sua pior retração desde o auge da pandemia. Segundo relatório divulgado hoje pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), os gastos de estrangeiros no país devem cair cerca de 7% em 2025, uma perda estimada de US$ 12,5 bilhões para a economia norte-americana.

Um exemplo disso é a queda nos gastos dos turistas internacionais nos EUA agora em abril, a primeira dos últimos 12 meses, um reflexo claro da queda da demanda já identificada por diversos órgãos de Turismo dos EUA.

Esta queda no fluxo de turistas internacionais tem múltiplas causas. Especialistas apontam o fortalecimento do dólar, que encarece as viagens para visitantes estrangeiros, bem como os efeitos da política externa e migratória adotada pelo governo do presidente Donald Trump, como fatores decisivos.

Restrições mais rígidas na entrada de estrangeiros, somadas a discursos polêmicos e medidas protecionistas, também têm afetado negativamente a imagem dos EUA como destino turístico.

“O que estamos vendo é uma perda clara de competitividade dos Estados Unidos no cenário global de viagens. Outros destinos estão se aproveitando desse vácuo”

Julia Simpson, presidente do WTTC
Julienne Schaer/NYC & Company
A retração é visível em destinos tradicionalmente conhecidos, como Nova York, que já projeta uma queda de 800 mil visitantes internacionais em 2025
A retração é visível em destinos tradicionalmente conhecidos, como Nova York, que já projeta uma queda de 800 mil visitantes internacionais em 2025

A retração é visível em destinos tradicionalmente conhecidos, como Nova York, que já projeta uma queda de 800 mil visitantes internacionais em 2025, sendo mais da metade deles do Canadá, um dos países mais afetados pelas tensões diplomáticas recentes.

Empresas do setor também sentem o impacto. A Expedia relatou queda de 7% nas reservas domésticas e quase 30% na demanda oriunda do Canadá. Analistas, por sua vez, observam um verão com menor movimentação turística, em contraste com as expectativas de recuperação plena pós-pandemia.

“É um sinal de alerta para o setor. A desaceleração na entrada de visitantes internacionais ameaça milhares de empregos e a recuperação do turismo em estados como Flórida, Califórnia e Nova York”

Mark Zandi, economista-chefe da Moody’s Analytics

Com informações de Reuters, New York Times e AP.

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