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Juliana Monaco   |   20/10/2020 15:09   |   Atualizada em 21/10/2020 09:58

Revpar da hotelaria brasileira cresceu 11,1% em 2019

Até o início da pandemia, a hotelaria brasileira apresentava cenário positivo e tendência de crescimento


Divulgação
Até o início da pandemia, a hotelaria brasileira apresentava tendência de crescimento
Até o início da pandemia, a hotelaria brasileira apresentava tendência de crescimento
O desempenho do mercado hoteleiro em 2019 confirmou a perspectiva positiva de crescimento e registrou aumento de 11,1% no Revpar, segundo a pesquisa "Hotelaria em Números 2020", realizada pela consultoria imobiliária JLL. A taxa de ocupação teve um crescimento de 2,2%, passando de 58,9% em 2018 para 60,2% em 2019. O cenário positivo também contribuiu para o aumento do valor das diárias médias em 8,9%, garantindo maior margem de rentabilidade para os empreendimentos hoteleiros.

Esse crescimento do Revpar, impulsionado pelo desempenho das diárias, contribuiu para uma significativa recuperação do Resultado Operacinal (GOP), que subiu de 26% da Receita Total em 2018 para 31,4% em 2019. Para o managing director de Hotéis e Hospitalidade da JLL, Ricardo Mader, os números refletem a maturidade do mercado. “Um trabalho eficiente de revenue management, protegendo e privilegiando as diárias - ao invés de se tomar o caminho mais fácil, que é reduzi-las – resulta em margens mais elevadas, já que as diárias carregam menos custos variáveis”, disse.

No mercado nacional, o destaque positivo é para as cidades de Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte e Manaus, que tiveram crescimento do Revpar de 25%. O desempenho nacional também foi alavancado pelo crescimento lento da oferta, com aumento de 1,5% somente no número de quartos. Outra tendência que se confirmou em 2019 foi a de hotéis independentes se afiliarem a cadeias, já que essa movimentação registrou aumento de aproximadamente 10% de cadeias nacionais e 64% de internacionais.

PERSPECTIVAS PARA 2020

O início de 2020 confirmou a tendência de recuperação das margens hoteleiras. A maioria dos mercados estava atingindo índices de ocupações mais elevados, próximos aos picos históricos, dando continuidade ao movimento de recuperação das diárias médias. No entanto, a pandemia de covid-19 impactou o mercado e freou a movimentação da segunda metade de março até o terceiro trimestre.

O diretor de Hotéis e Hospitalidade da JLL, Pedro Freire, destaca que, a partir do terceiro trimestre, os hotéis de lazer mais próximos de grandes centros urbanos voltaram a apresentar demanda de hosópedes. "São empreendimentos que não dependem de maneira relevante do acesso aéreo para que seus hóspedes cheguem até eles, recebendo uma grande demanda de staycations, ou seja, pessoas e famílias que ficaram confinadas por meses em suas casas e agora, mesmo que com restrições, buscam essa alternativa", ressalta.

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