Victor Fernandes   |   05/09/2023 12:37

Está chegando: especialistas veem boa fase da hotelaria brasileira

JLL cita melhora das margens operacionais e baixo crescimento da oferta para sucesso futuro do setor

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Após  pandemia, indústria hoteleira adotou estruturas de custo mais enxutas
Após pandemia, indústria hoteleira adotou estruturas de custo mais enxutas

A empresa global de serviços imobiliários especializada em propriedades comerciais e gestão de investimentos JLL divulgou seu estudo Hotelaria em Números 2023 revelando tendências para o setor no Brasil após enfrentar período desafiador da pandemia de covid-19 e seus reflexos, ainda sentido em 2022.

Contudo, para a JLL, o futuro é promissor. Dois indicativos do início de uma era de bom desempenho na indústria hoteleira são a melhora das margens operacionais e o baixo crescimento da oferta.

Confira tendências apontadas pela pesquisa da JLL:

Menos trabalhadores e custos

A principal lição da pandemia para a indústria hoteleira foi a operação com estruturas de custo mais enxutas. Em 2022, os hotéis brasileiros operaram com uma média de 0,29 funcionário por quarto, contra 0,57 em 2019. Embora ajustes sejam necessários para atender melhor os hóspedes, a mudança nas expectativas da força de trabalho deve limitar o crescimento de vagas nos hotéis. A indústria hoteleira mundial, e no Brasil não está sendo diferente, está tendo uma grande dificuldade em recrutar mão de obra. É comum encontrar hoje no Brasil, hotéis com mais de 20 posições abertas e que não conseguem ser preenchidas.

Oferta Hoteleira

Outro fator positivo é a expectativa de baixo crescimento da oferta hoteleira frente ao aumento da demanda. A inflação global pós-covid-19, resultando em altas taxas de juros, tem freado o desenvolvimento de novos projetos hoteleiros.

Franquias

A pesquisa também confirmou o crescimento do modelo de franquias de marcas. Enquanto as marcas da rede Accor continuam liderando o ranking nacional com 338 hotéis, a Atlantica Hotéis tornou-se a maior administradora de hotéis do País. Isso, segundo a JLL, reflete a tendência das grandes redes hoteleiras de franquear suas marcas a administradoras locais e explica o crescimento de empresas como a Atlantica, Atrio, Intercity, Falcon e outras administradoras brasileiras.

ESG

Por fim, a política ESG tem ganhado destaque, com administradores e proprietários investindo muitos recursos humanos e financeiros em adequações a essa política. Esta se tornou uma das principais preocupações do setor, alinhada à crescente demanda dos hóspedes por hotéis comprometidos com políticas de ESG.

Confira a pesquisa completa.

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