Artur Luiz Andrade   |   24/01/2024 12:23
Atualizada em 24/01/2024 12:31

Como está a hotelaria pelo mundo? Dados da STR mostram bons números

Empresa pede que hotéis deem atenção aos eventos esportivos e shows e às viagens corporativas

STR

MIAMI – Dados da STR apresentados na Conferência da WorldHotels, em Miami, no último final de semana, mostram que de janeiro a novembro de 2023, a hotelaria mundial atingiu bons índices de ocupação, especialmente a Europa (70%), Oceania (70%) e Ásia (66%, sem a China, que ficou com 64%).

A América do Sul teve a menor ocupação entre as regiões, com 59% e crescimento de apenas 2% sobre 2022.

Veja abaixo o ranking da ocupação de janeiro a novembro de 2023 e o crescimento sobre 2022.

  1. Austrália e Oceania: 70% (+9%)
  2. Europa: 70% (+8%)
  3. Oriente Médio: 67% (+6%)
  4. Ásia (sem a China): 66% (+18%)
  5. China: 64% (+31%)
  6. América do Norte: 64% (+1%)
  7. Sul da África: 60% (+12%)
  8. Norte da África: 60% (+10%)
  9. América Central: 60% (+9%)
  10. América do Sul: 59% (+2%)

Como se vê, mercados como as Américas, Europa e Oriente Médio já retornaram a crescimentos de apenas um dígito, indicando o fim do boom pós-pandêmico.

A tarifa média mundial ficou em US$ 130. Confira abaixo a variação por região. Tarifa média de janeiro a novembro de 2023 e o crescimento sobre 2022:

  • Austrália e Oceania: US$ 170 (+6%)
  • Oriente Médio: US$ 165 (+1%)
  • América do Norte: US$ 158 (+5%)
  • Europa: US$ 156 (+9%)
  • América Central: US$ 156 (-2%)
  • Sul da África: US$ 133 (+16%)
  • Ásia: US$ 126 (+25%)
  • Norte da África: US$ 121 (+36%)
  • América do Sul: US$ 97 (+19%)
  • China: US$ 69 (+21%)

Todas as regiões aumentaram o RevPAR em relação ao mesmo período, janeiro a novembro, de 2022:

  • América do Norte: de US$ 95 para US$ 101
  • América Central: de US$ 88 para US$ 93
  • América do Sul: de US$ 47 para US$ 57
  • Europa: de US$ 93 para US$ 109
  • Norte da África: de US$ 49 para US$ 73
  • Sul da África: de US$ 61 para US$ 79
  • Oriente Médio: de US$ 103 para US$ 110
  • China: de US$ 28 para US$ 44
  • Ásia (sem a China): de US$ 56 para US$ 83
  • Austrália e Oceania: de US$ 102 para US$ 118
STR

A STR fez um recorte do crescimento de RevPAR nas Américas e o Brasil conseguiu a 13ª colocação, com 29% de aumento. O ranking é liderado pelas Bahamas, Jamaica e Aruba. Os Estados Unidos ficaram na oitava posição e a Argentina na nona, com +32%. O Peru é o único do Top 15 com queda de Revpar: -5,4%.

Luxo

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A hotelaria de luxo se mantém saudável, mas a previsão da STR é que a subida de tarifas, uma constante desde 2021, dê uma estabilizada.

No ano passado, o segmento de luxo comercializou 365 milhões de quartos, ultrapassando os números pré-pandemia (360 milhões). A tarifa média atingiu pico de US$ 338, contra cerca de US$ 260 antes da pandemia.

Principais desafios

As principais preocupações dos hoteleiros, em pesquisa realizada no último trimestre do ano, foram:

  • Desafios dos custos laborais: 53%
  • Desafios da oferta de mão de obra: 51%
  • Preocupação com uma possível recessão: 39%
  • Custos : 36%
  • Aumento da concorrência (com hotéis e não-hotéis): 35%
  • Taxas de juros: 32%
  • Confiança ou comportamento do consumidor: 30%

É sobre eventos

STR

A STR também apresentou dados do impacto dos eventos, especialmente os esportivos e os shows musicais, na hotelaria. A Fórmula 1, por exemplo, tem impacto grande por onde passa, assim como as turnês de artistas como Taylor Swift, Beyoncé e Madonna. A dica para os hotéis é estar sempre ciente do que vai ocorrer na cidade ou nas redondezas, para se preparar para os grandes eventos, hoje um dos grandes motores para a ocupação hoteleira no mundo.

STR

Para os próximos meses, a expectativa da STR é de RevPAR ainda crescendo, recessão com uma aterrissagem suave e um setor de viagens corporativas ainda enganoso e escorregadio. Além de um pipeline bem melhor para as Américas, como podemos ver nas tabelas acima.

A PANROTAS viajou a convite da WorldHotels, com proteção GTA



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