Marcos Martins   |   25/10/2019 16:21   |   Atualizada em 25/10/2019 16:41

Parques recebem isenção permanente de impostos de importação

Novidade foi aprovada no Mercosul e publicada no Diário Oficial da União, oferecendo novas oportunidades a uma indústria que movimenta R$ 3 bilhões por ano no País


Divulgação/Beto Carrero
Novidade deve impulsionar setor de parques no Brasil
Novidade deve impulsionar setor de parques no Brasil
Acaba de ser aprovada a isenção permanente de imposto de importação de equipamentos para os parques temáticos e aquáticos no Brasil. Este era considerado o principal obstáculo para o desenvolvimento do setor, que fatura mais de R$ 3 bilhões por ano no Brasil, recebe 30 milhões de visitantes, gera mais de 15 mil empregos diretos e 100 mil empregos indiretos. A expectativa é que esses números cresçam ainda mais.

Até hoje, o imposto de importação, somado ao custo do frete em função do grande porte dos equipamentos, praticamente inviabilizava um maior desenvolvimento dos parques no País. A isenção definitiva era um pleito do setor e que já durava quase três décadas. A questão vinha sendo conduzida pelo Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat) com apoio do Ministério do Turismo.

Quem também compreendeu a importância da iniciativa foi a Secretaria Executiva da Câmara de Comercio Exterior (Camex) do Ministério da Economia. Depois de ter sido aprovada por unanimidade na reunião plenária do Comitê Técnico 1 (CT1) do Mercosul, a resolução número quatro, publicada hoje no Diário Oficial da União, oficializa a conquista, dando a vigência para 10 de janeiro de 2020.

“Os empresários podem aproveitar e contribuir ainda mais para o incremento do Turismo em suas regiões por meio da atratividade dos empreendimentos em operação e da oportunidade para abertura de novos. Nossos parques já figuram como um dos principais destinos latino-americanos. Eles são âncoras econômicas nos locais onde estão instalados, induzindo o desenvolvimento e gerando empregos e renda para a população”, comenta o ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antônio. Ele conclui um esforço que contou com a participação ativa dos ex-ministros Marx Beltrão, Vinicius Lummertz e suas equipes.

“Essa era a nossa grande luta e sua conquista vai significar uma virada na história dos parques e atrações turísticas no País, estimulando os investimentos, a renovação e o surgimento de novas instalações”, comemora o presidente do Sindepat, Murilo Pascoal, que é CEO do Beach Park. “Temos acreditado no Brasil como a próxima fronteira de desenvolvimento dos parques. Mas, para isso se concretizar, era fundamental contar com a mudança.”

Emerson Souza
Murilo Pascoal, do Sindepat e Beach Park
Murilo Pascoal, do Sindepat e Beach Park
“Para se ter uma ideia, nos últimos dois anos todos os empreendimentos associados ao Sindepat inauguraram pelo menos uma grande novidade. Isso ainda sem a isenção definitiva”, reforça Pascoal. O executivo lembra da vocação do Brasil para os parques, pelo clima e pelo estilo da população. E ainda o fato de que todo o País se favorece dos investimentos no setor, pois as atrações são bem distribuídas e estão em diversos Estados.

“O imposto chegava a mais que dobrar o valor de equipamentos e isso bloqueou por muitos anos o desenvolvimento, no Brasil, do setor de entretenimento familiar, um dos que mais movimenta viagens de lazer ao redor do mundo. Agora, entramos definitivamente no mapa de grandes e novos investimentos e, também, de forte crescimento dos parques existentes”, pontua o presidente do Wet’n Wild (SP), Alain Baldacci, também ex-presidente do Sindepat.

POPULARIDADE
O mais recente raio-x da Themed Entertainment Association (TEA) revela que o total de visitantes nos grandes parques do planeta, pela primeira vez, ultrapassou meio bilhão de entradas. O número equivale a quase 7% da população mundial.

Segundo o índice, há apenas cinco anos o número de visitas em relação à população global era de 5%. O ano foi favorável ao entretenimento temático na maior parte das regiões do planeta e o segmento cresceu pelo menos 4% em todos os principais mercados.

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