Juliana Monaco   |   17/05/2021 14:45   |   Atualizada em 17/05/2021 14:46

Brasil bate recorde histórico de abertura de MEIs, revela Serasa

Em janeiro, a Serasa registrou mais de 312 mil novos MEIs, um crescimento de 21% em relação a 2020


Jose Cruz/Agência Brasil
O setor de comércio foi o que mais cresceu na comparação interanual, com alta de 28,3% em janeiro
O setor de comércio foi o que mais cresceu na comparação interanual, com alta de 28,3% em janeiro
O Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian registrou, em janeiro deste ano, 312.462 novos microempreendedores individuais (MEIs), um crescimento de 21% em relação ao mesmo mês de 2020. Esse número é o maior de toda a série histórica, que começou em 2010. Na soma de todos os portes, 370.581 empresas foram abertas em janeiro, um aumento de 15,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior e também o maior volume mensal desde 2010.

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De acordo com o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, o empreendedorismo por necessidade foi impulsionado pelo cenário de pandemia. "A possibilidade de trabalhar para si mesmo e alavancar seus ganhos financeiros passaram a ser mais interessantes para os brasileiros, principalmente devido ao momento de crise no mercado de trabalho formal. Além disso, a facilidade de gerar lucro com um menor investimento inicial e a aquisição de um CNPJ, que dá acesso às linhas de crédito específicas e aos benefícios previdenciários, são outros fatores que justificam a escolha de tornar-se um MEI mesmo diante de um cenário economicamente instável para as empresas", ressaltou.

Além do crescimento de 21% na comparação anual dos MEIs, as Sociedades Limitadas também registraram aumento de 42,6%. Já as Empresas Individuais tiveram queda de 16,7% na mesma análise. Por setor, serviços ganha destaque sendo o principal responsável pelo recorde do índice, com a abertura de 256.859 novos negócios, o maior número desde 2010. No entanto, a comparação interanual revela que o segmento de comércio foi o que mais cresceu (28,3%).

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Ainda na comparação anual, a análise mostra que todas as regiões brasileiras tiveram aumento: Nordeste (24,5%), Norte (15,7%), Sul (15,4%), Centro-Oeste (14%) e Sudeste (13,2%).

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