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Rodrigo Vieira   |   22/07/2021 11:27   |   Atualizada em 22/07/2021 11:29

IATA pede testes mais baratos e que governos arquem com os custos

Associação aponta o Reino Unido como um fracasso na condução dos testes de covid-19


Unsplash/Mafid Majnun
Teste PCR, feito com swab, é o mais usado pelos governos
Teste PCR, feito com swab, é o mais usado pelos governos

Os testes de covid-19 estão caros em muitos países e os governos precisam facilitar, rapidamente, o acesso aos testes de antígeno, que são efetivos e mais baratos do que os de PCR, hoje mais utilizados. É o que clama a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), que também seguimento às orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), de isentar os viajantes internacionais das testagens.

Pesquisa recente da IATA mostra que 86% dos viajantes estão aptos a serem testados, mas 70% também acreditam que os custos com testagem é uma barreira significativa para eles se deslocarem, enquanto 78% creem que arcar com os custos seria obrigação dos governos.

"A IATA apoia a ideia de que a testagem para a covid-19 é um bom caminho para a reabertura das fronteiras internacionais, porém nosso apoio não é incondicional. Além de serem confiáveis, os testes precisam ser práticos, acessíveis e que façam sentido em relação aos riscos", afirma o diretor geral da associação, Willie Walsh.

Divulgação
Willie Walsh, diretor da IATA
Willie Walsh, diretor da IATA
"No entanto, muitos países não estão oferecendo alguns ou todos esses elementos. Os custos com testes variam amplamente entre os governos, com pouca relação aos custos reais das testagens. O Reino Unido é um símbolo do fracasso dos governos em administrar os testes de maneira adequada. E independentemente do caso, é um escândalo que os governos cobrem impostos em cima de testagem", completa o irlandês.

A IATA aponta que a nova geração de testes rápidos custa menos de US$ 10 por unidade, mas a OMS vê o teste de antígeno Ag-RDT como uma alternativa confiante ao PCR. E, onde o teste é um requisito obrigatório, a OMS afirma que nem os passageiros, nem as companhias aéreas devem arcar com os custos.

A testagem também precisa ser apropriada aos níveis de riscos. Por exemplo, no Reino Unido, dados do Serviço Nacional de Saúde na testagem dos passageiros que desembarcam mostram que 1,37 milhão de testes foram conduzidos na chegada dos viajantes da chamada "lista âmbar". Apenas 1% testou positivo em mais de quatro meses. Ao mesmo tempo, quase o triplo de número de positivos foi detectado na população diariamente.

"Dados do governo do Reino Unido mostram que viajantes internacionais apresentam pouco risco comparado com os níveis de infecção apresentados no país. Por fim, o governo do Reino Unido deveria seguir as orientações da OMS em aceitar testes antígenos, que são mais rápidos, mais baratos e são efetivos, com a confirmação de um teste PCR aos que resultarem positivo", pondera Walsh.

Retomar as viagens internacional é vital para suportar os 46 milhões de empregos no setor de Viagens e Turismo pelo mundo, ressalta a IATA.

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