Artur Luiz Andrade   |   27/04/2023 20:41
Atualizada em 27/04/2023 20:49

"Fortalecer o Turismo é compromisso com o Brasil", responde Embratur

Mais cedo, CNC se posicionou contrária ao repasse de 5% da verba do Sesc e Senac para a agência


PANROTAS / Marluce Balbino
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo
A Embratur, presidida por Marcelo Freixo, divulgou nota oficial em que volta a defender a MP 1147, já aprovada na Câmara e agora rumo ao Senado, que estabelece um fundo financiador para a agência de promoção do País: 5% dos recursos do Sesc e Senac, parte da CNC. O presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, José Roberto Tadros, expôs, também em comunicado, por que é contra o repasse, que diz ser inconstitucional - leia aqui seu posicionamento.

E veja abaixo, na íntegra, a resposta da Embratur, enviada à Redação PANROTAS.

"A missão da Embratur é promover o turismo brasileiro para trazer mais turistas estrangeiros para o nosso país. Essa tarefa é extremamente relevante para a economia: segundo estudo da FGV, a cada R$ 1 investido na promoção do turismo, R$ 20 são injetados na economia através do consumo dos nossos visitantes. É dinheiro que beneficia o trabalhador, o empresário e as cidades, que vão arrecadar mais.

Diante da importância econômica do turismo internacional, foi apresentada proposta, por meio da MP 1147/2022, de destinar 5% dos recursos do SESC e SENAC para a Embratur realizar ações de promoção internacional. A MP foi aprovada pela Câmara dos Deputados e será votada em breve no Senado.

O SESC e SENAC arrecadaram juntos, em 2021, R$ 8,9 bilhões. Com a aplicação do percentual previsto pela MP, destes quase R$ 9 bilhões seriam destinados à Embratur R$ 447 milhões. A referência à arrecadação de 2021 foi utilizada porque ainda não há informações completas sobre o ano de 2022.

Somente em 2021, SESC e SENAC tiveram superávit de R$ 1,8 bilhão. A título de comparação, o valor que será destinado para a Embratur representa menos de 25% das sobras orçamentárias das duas entidades. Isso significa que a medida não afeta as atividades ou transferências realizadas por elas. Não é verdade que a iniciativa prejudicará a distribuição de alimentos e provocará desemprego. Esse debate precisa ser feito com base em fatos, não em desinformação e sensacionalismo.

A aprovação dessa fonte de financiamento é essencial para a sobrevivência da Embratur e para a promoção internacional do turismo brasileiro. Isso porque em 2019 a agência deixou de ser autarquia federal e foi retirada do orçamento da União, sem que tenha sido criada nova fonte de recursos.

Garantir condições adequadas de funcionamento da Embratur é bom para o Brasil. O turismo representa 7% do PIB nacional; emprega formalmente 7 milhões de pessoas e impacta de forma direta e indireta mais de 500 atividades econômicas.

A Embratur tem compromisso com o profissionalismo, diálogo e transparência. A agência foi reestruturada, com uma equipe técnica com experiência e competência reconhecidas pelo mercado. Apesar do pouco tempo da nova gestão, os bons resultados estão chegando. Recebemos no primeiro trimestre deste ano 2,3 milhões de turistas estrangeiros, desempenho superior ao mesmo período de 2019 e 2020. Esse visitantes gastaram em nosso país R$ 8,6 bilhões.

Com a definição de uma fonte de financiamento permanente e sustentável, será possível fazer muito mais pelo turismo brasileiro. Todo mundo ganha com o fortalecimento da promoção internacional do turismo, inclusive o SESC e o SENAC, que arrecadarão mais com o aquecimento da economia."

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