Festuris 2025: o que deu certo e o que pode melhorar na feira de Gramado?
Evento registrou crescimento geral de 15% em relação a 2024, reunindo mais de 17 mil profissionais

A Feira Internacional de Turismo de Gramado (Festuris) celebrou números recordes nesta 37ª edição, que ocorreu de 6 a 9 de novembro, em Gramado. O evento registrou crescimento geral de 15% em relação a 2024, reunindo mais de 17 mil profissionais e movimentando cerca de R$ 552 milhões em negócios.
Com 64 destinos internacionais representados, 2,5 mil marcas expositoras e mais de 400 estandes, o evento contou com 110 palestrantes, 60 horas de conteúdo e crescimento no número de agendamentos/reuniões. Foi mais uma edição histórica e comemorada pelos organizadores e CEOs Marta Rossi e Eduardo Zorzanello.
E como de praxe, fazemos aquela velha pergunta: o que deu certo no Festuris 2025? O que pode melhorar? Confira abaixo a opinião da redação da PANROTAS que participou em peso da feira.
O que deu certo
- O Espaço Luxury, uma feira dentro da feira. Organizado, com participantes de qualidade, espaço bem produzido, ambiente agradável e bom para networking e negócios. Completou dez anos e mostra um caminho que só tende a crescer e trazer mais conteúdo e parceiros para os buyers.
- A quantidade de eventos paralelos, pois mostra que as empresas expositoras, além da feira, querem investir em relacionamento e ativações com seus principais clientes.
- A gastronomia de Gramado cresce e melhora a cada ano. Novos restaurantes sempre são uma boa opção para os momentos de bleisure dos participantes do Festuris.
- A hospitalidade e boa acolhida dos moradores da cidade e do Festuris.
- A visão de Marta Rossi e Eduardo Zorzanello, que apostam em nichos e ações para o futuro do Turismo, como os espaços exclusivos da feira (Luxury e LGBT, por exemplo) e da feira e que falam pessoalmente com cada participante. Gente como a gente.
- Qualidade e quantidade de expositores sempre presentes no Festuris, o que revela a importância e imponência da feira da Serra Gaúcha. Tanto é que possível verificar uma série de empresas que não participam das maiores, como Abav Expo e WTM-LA, mas que fazem questão de marcar presença na feira.
- Temos que destacar estandes muito bem produzidos, como da BeFly, Trend e Disney, que chamaram a atenção dos profissionais que passaram pelos corredores da feira. Esses são só alguns exemplos de como os detalhes fazem diferença em uma feira de negócios.
- Organização nota 10. Temos que destacar a ótima prestação de serviço da equipe do Festuris, seja na escolha dos hotéis, no envio e distribuição de kits, nos transfers para eventos oficiais, como o de Wedding, e na atenção com expositores durante o evento.
O que pode melhorar
- A quantidade de eventos paralelos – a disputa foi grande na agenda dos agentes de viagens... Mas o sábado foi deixado de lado.
- Os preços de restaurantes, serviços e produtos em Gramado continuam contribuindo para a imagem de um destino caro.
- Os banheiros precisam de melhor manutenção. Várias torneiras não tinham água.
- A chuva. Ok, não é culpa da organização. Mas vários estandes sofreram com... goteiras. Isso mesmo. Goteiras dentro de alguns espaços. Isso é responsabilidade do Serra Park. Não dá para vender um espaço com goteiras e infraestrutura básica.
- Players sugerem momentos de folga na agenda do Luxury, para que os participantes possam visitar a feira.
- Há um excesso de música e danças no pavilhão do Rio Grande do Sul. Sim, é legal admirarmos o lado festivo e cultural dos gaúchos, mas o ambiente é profissional, ainda mais do lado do Espaço Luxury. No meio de uma reunião, lá vem uma batucada de escola de samba...
- Opções gastronômicas fracas no pavilhão de empresas, com melhores opções no pavilhão gaúcho.
- Cerimônia de abertura: ano após ano, tudo se repete. Tanto é que neste ano, o Palácio dos Festivais estava muito mais vazio do que em 2024, por exemplo. Muitos saíram no meio e foram curtir Gramado. E isso não vale apenas para o Festuris, mas para todas as feiras que contam com intermináveis cerimônias de abertura.
- Acesso e estacionamento: a feira está na 37ª edição, mas o acesso e o estacionamento continuam sendo um problema. É recorrente, já que o estacionamento segue não sendo asfaltado (quando chove, vira lama) e a saída, principalmente no primeiro dia de feira, é um verdadeiro caos, com um engarrafamento sem fim.